Rendimento da safra 2020/21 de trigo na Argentina pode cair até 50%, estima bolsa de Rosário
A safra de trigo 2020/21 da Argentina pode registrar perda de 30% a 50% em produtividade, projeta a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR), em relatório divulgado ontem. A quebra de produção é atribuída a geadas na última semana e à prolongada seca no estágio inicial de desenvolvimento das lavouras. Segundo a bolsa, em uma semana 820 mil hectares apresentavam condições ruins de desenvolvimento, ante 500 mil hectares na semana anterior.
A Bolsa reforça que o impacto das geadas, ocorridas entre sexta-feira e domingo no país, ainda não foi mensurado. Para reduzir a perda é necessário chover. "As previsões para o resto de agosto não são favoráveis e é improvável uma mudança significativa até a segunda quinzena de setembro", comenta o diretor do Centro Atmosférico, José Luis Aiello. A menor qualidade do trigo, contudo, já é dada como certa.
A Bolsa avalia que, se a situação crítica das lavouras não for revertida, a estimativa para safra nacional será revisada para baixo novamente. No mês passado, a bolsa já havia reduzido projeção de colheita de 21 milhões de toneladas a 22 milhões de toneladas para 18 milhões de toneladas a 19 milhões de toneladas. Desse volume, 15,3 milhões de toneladas já estariam comprometidas com o setor exportador, segundo a bolsa.
Diante da perspectiva de menor safra, os preços do cereal avançaram 4,5% na semana passada, alcançando US$ 179 por tonelada colocada no porto de Rosário em dezembro.
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