Argentina: por que os rendimentos do trigo em Córdoba vão de 500kg a 5000kg por hectare?
A colheita de trigo no sudeste de Córdoba, província da Argentina, está marcada pela grande heterogeneidade dos rendimentos obtidos e por estar muito abaixo das expectativas ao início da campanha.
O ciclo agrícola havia começado com uma excelente recarga dos perfis em toda a região por conta das chuvas intensas entre abril e maio, permitindo uma excelente implantação e posterior perfilhamento da maioria dos lotes.
Contudo, a safra começou a observar um revés quando as chuvas não apareceram e a intensidade das geadas se incrementava em temperaturas e duração.
No momento do encanamento, a maioria dos perfis dos solos mostravam uma situação na qual os primeiros 40 centímetros estavam secos.
Durante o encanamento, o trigo é altamente demandante de água e nitrogênio e é justamente durante esse período onde os primeiros centímetros do solo se encontravam muito secos, não podendo abastecer as plantas.
A situação piorou com o frio intenso sofrido a partir dessa etapa de seca. Por exemplo: a geada de 2 de outubro ocorreu depois de duas semanas de grande amplitude térmica e coincidindo com um período de alta sensibilidade do cultivo.
Assim, o nível de danos ao trigo depende da tolerância ao frio do material utilizado, estado fenológico do cultivo, do nível de cobertura do campo, da localização do terreno e da umidade do lote.
É por isso que Córdoba encontra rendimentos de 500kg por hectare no norte, enquanto ao sul, há rendimentos que chegam até a 5000kg por hectare.
Tradução: Izadora Pimenta
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