Trigo argentino teve a maior epidemia de ferrugem desde 1930; incidência da doença no milho começa a preocupar
No começo de setembro, a Bolsa de Comércio de Rosario (BCR) e o Ministério da Agroindústria da Argentina foram os primeiros a advertir sobre a aparição dos primeiros casos de ferrugem amarela no trigo do país. Depois, a Bolsa de Cereais de Córdoba destacou a presença dessa doença em toda a província e a Bolsa de Entre Ríos declarou o "alerta vermelho" para essa enfermidade. Agora, o fitopatologista Marcelo Carmona, da Fauba, declarou que o cereal sofreu a maior epidemia desde 1930.
O ano de 2017, portanto, deve ser o ano da ferrugem na Argentina, como destaca o Agrovoz. O Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) identificou também os primeiros casos para cultivos de milho de plantio precoce.
"Foram detectadas as primeiras aparições de pústulas de ferrugem, com uma incidência e severidade que exigem um monitoramento dedicado para, no futuro, decidir a forma de controle", destaca o boletim informativo de cultivos do INTA.
O INTA lembra que a ferrugem é uma enfermidade endêmica e que as condições para seu aparecimento são os plantios tardios, a escassez de chuvas, alta umidade relativa do ar e temperaturas frescas.
Estresse
A falta de chuvas é uma das principais características desta safra e o número de áreas de milho em más condições aumentou, segundo a BCR: 15% da superfície está classficada entre regular a ruim.
A cada semana, o estresse hídrico fica mais intenso e incide sobre mais áreas, o que faz com que a preocupação seja maior: o período crítico do cereal se aproxima. Para que os cultivos tenham um bom andamento, são necessárias chuvas consideráveis nos próximos 10 dias.
Tradução: Izadora Pimenta
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