Mercado do açúcar volta a subir com incertezas sobre a safra indiana e clima seco no Brasil

Publicado em 13/03/2025 08:22 e atualizado em 13/03/2025 09:49

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O mercado do açúcar segue em alta nesta quinta-feira (13), refletindo as preocupações com a safra indiana e o clima no Brasil. O contrato maio/25 é negociado a 19,01 cents de dólar por libra-peso, uma alta de 0,80%. Já o julho/25 registra 18,74 cents (+0,59%), enquanto o outubro/25 também opera a 18,74 cents (+0,53%).

A safra indiana continua sendo o principal fator de sustentação dos preços. O país enfrenta desafios climáticos que reduziram a produtividade, ao mesmo tempo em que o governo mantém sua ambição de expandir o uso de etanol no mercado interno. Apesar de ter autorizado a exportação de 1 milhão de toneladas de açúcar excedente, há incertezas quanto à entrega desse volume.

No início de março, os preços caíram à medida que os investidores avaliavam a força da demanda. No entanto, novos fatores entraram no radar e voltaram a impulsionar as cotações. De acordo com a Reuters, as usinas indianas estão relutantes em fechar novos contratos de exportação devido à valorização dos preços internos. “Como os preços domésticos do açúcar se fortaleceram e devem subir ainda mais devido à menor produção e à demanda prevista para a temporada de verão, as exportações desaceleraram neste mês, depois de terem aumentado no mês passado”, informou a Reuters, citando uma trading global sediada em Mumbai.

Segundo a Hedgepoint Global Markets, a Índia exportou apenas 550 mil toneladas até o momento, bem abaixo do volume total de 1 milhão de toneladas autorizado pelo governo. A consultoria avalia que novas vendas só devem ocorrer se os preços atingirem 19,9 cents/lbp.

Já no Brasil, as condições climáticas começam a gerar preocupações. A StoneX divulgou uma revisão da sua estimativa de safra, destacando que as chuvas em janeiro e fevereiro somaram apenas 223,4 mm nas áreas canavieiras do Centro-Sul, um dos piores volumes já registrados, ficando 35% abaixo da média histórica. Esse cenário contrasta com o bimestre novembro-dezembro, que registrou precipitações 8% acima da normalidade.

Apesar das condições climáticas mais secas nos últimos dois meses, a StoneX destaca que a qualidade da cana ainda não está comprometida. Indicadores como o NDVI (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada) seguem em níveis adequados. Entretanto, devido à redução das chuvas, a consultoria ajustou levemente sua previsão de moagem para 2025/26, passando de 611,4 milhões de toneladas para 608,5 milhões de toneladas.

 

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Por:
Ericson Cunha
Fonte:
Notícias Agrícolas

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