Açúcar volta a fechar em baixa com perspectiva de maior oferta global
Os preços do açúcar fecharam novamente em baixa nesta sexta-feira (03), na Bolsa de Nova York. Em Londres, as variações foram mistas, mas majoritariamente negativas também. Segundo o Barchart, as cotações estão moderadamente mais baixas por conta de uma perspectiva de oferta global melhorada.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta sexta-feira, Maurício Muruci, analista da Safras & Mercado, apontou que quando os preços do açúcar em Nova York tendem a se recuperar,vão se aproximar de 20 cents/lbp, mas não vão testar esse valor e vão voltar a cair em direção aos 19 cents/lbp. Por isso, ele afirma que as cotações estão ancoradas junto com essa mínima dos últimos seis meses, que são os 19 cents/lbp.
Outro detalhe que ele aponta é que a Índia vai ter uma safra de 34 milhões a 35 milhões de toneladas nesta temporada de 24/25, contra 33 milhões da anterior. No final de dezembro, como reforçou Muruci, o governo da Índia disse que poderia liberar exportação se o superávit superasse 1 milhão de toneladas, sendo que a estimativa do USDA é de que supere 3 milhões de toneladas. Além disso, a meta de produção no país já foi atingida, com ajuda da utilização de grãos.
Entretanto, com isso, de acordo com o analista, em uma segunda leitura há também uma bandeira das usinas da Índia em destacar agora números menores de produção. Segundo ele, a Índia não pode chegar e dizer que vai produzir a maior safra dos últimos anos e dobrar as exportações em um momento de Nova York pressionado. Por isso, segundo Muruci, o país está voltando no posicionamento e destacando que tem um déficit produtivo de 15 milhões de toneladas, o que é verdade. Porém, isso ocorre por conta de um atraso nas chuvas de monções, mas, por fim, apesar do atraso provocar esse déficit, ele é benéfico para o desenvolvimento da safra.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento março/25 recuou 0,08 cents (-0,41%), encerrando a 19,65 cents/lbp. O contrato maio/25 teve redução de 0,10 cents (-0,54%), negociado a 18,27 cents/lbp. O julho/25 caiu 0,10 cents (-0,56%), cotado a 17,83 cents/lbp, enquanto o outubro/25 apresentou uma leve queda de 0,06 cents (-0,34%), finalizando o dia a 17,81 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, os preços mostraram leve recuperação no fechamento. O março/25 avançou US$ 1,20 (+0,23%), encerrando a US$ 514,20 por tonelada. O maio/25 manteve praticamente a estabilidade, caindo apenas US$ 2,00 (-0,39%), sendo negociado a US$ 514,00 por tonelada. O agosto/25 recuou US$ 2,70 (-0,53%), para US$ 504,00 por tonelada, enquanto o outubro/25 teve perda de US$ 2,50 (-0,50%), encerrando a US$ 497,40 por tonelada.
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