Açúcar fecha com alta de quase 3% em NY diante de queda de produção na Índia
Os ganhos do açúcar superaram 2% na Bolsa de Nova York e 1% em Londres nesta quinta-feira (02). O avanço expressivo dos preços aconteceu após a divulgação de uma queda de produção na Índia entre 1º de outubro e o final de dezembro de 15,5% em relação ao ano interior.
De acordo com o que apontou a Reuters, “a redução da produção no segundo maior produtor mundial de açúcar pode eliminar a possibilidade de a Índia permitir exportações durante a temporada que termina em setembro de 2025, apoiando os preços globais”.
De maneira semelhantes, o Barchart destacou que sinais de menor produção de açúcar na Índia, o segundo maior produtor de açúcar do mundo, desencadearam uma cobertura curta em futuros de açúcar depois que a Indian Sugar and Bio-energy Manufacturers Association (ISM) relatou que a produção de açúcar da Índia de 2024/25 de 1º de outubro a 31 de dezembro caiu -15,5% a/a para 9,54 milhões de toneladas. A menor produção de açúcar na Índia pode levar o governo a manter as restrições de exportação em vigor e limitar o fornecimento global de açúcar.
No último mês de dezembro, os preços do açúcar tiveram um declínio acentuado com a redução das preocupações do mercado com a oferta global, o que foi impulsionado pela possibilidade da Índia retomar as exportações.
“Em 19 de dezembro, o Secretário de Alimentos da Índia, Chopra, disse que a Índia pode permitir exportações de açúcar se houver um excedente, uma vez que os requisitos de mistura de etanol doméstico sejam atendidos. O governo indiano atualmente estima um excedente de açúcar de cerca de 1 MMT nesta temporada”, relata o Barchart.
Agora, com as novas informações de queda de produção indiana, O março/25 subiu 0,47 cent (+2,44%), sendo negociado a 19,73 cents/lbp. O maio/25 avançou 0,52 cent (+2,91%), cotado a 18,37 cents/lbp. Já o julho/25 registrou alta de 0,43 cent (+2,46%), fechando a 17,93 cents/lbp, enquanto o outubro/25 ganhou 0,40 cent (+2,29%), encerrando o dia a 17,87 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres (ICE Europe), o cenário também foi de valorização. O março/25 subiu US$ 6,00 (+1,18%), negociado a US$ 513,00 por tonelada. O maio/25 avançou US$ 9,00 (+1,78%), cotado a US$ 516,00 por tonelada. O agosto/25 teve um acréscimo de US$ 10,30 (+2,07%), fechando a US$ 506,70 por tonelada, enquanto o outubro/25 ganhou US$ 9,40 (+1,92%), encerrando o dia a US$ 499,90 por tonelada.
Mercado interno
Segundo o que mostra o indicador Cepea Esalq, em São Paulo o açúcar cristal branco vale R$ 161,27/saca. O açúcar cristal em Santos (FOB) tem valor de R$ 153,03/saca. O cristal empacotado em São Paulo vale R$ 16,9826/5kg. O refinado amorfo está cotado em R$ 3,7983/kg. O VHP tem preço de R$ 111,46/saca.
Em Alagoas, também com base no que mostra o indicador Cepea Esalq, o preço do açúcar está em R$ 154,50/saca. Na Paraíba, a cotação é de R$ 147,09/saca. Em Pernambuco, o adoçante vale R$ 148,12/saca.
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