Açúcar fecha novamente queda; analista destaca produção na Ásia como mais um fator de baixa
Os preços do açúcar encerraram esta quarta-feira (18) com novas quedas nos mercados internacionais, ampliando as baixas registradas ao longo da semana. Na Bolsa de Nova York, os principais contratos recuaram cerca de 1%, enquanto em Londres as perdas se aproximaram de 0,8%. Com isso, o recuo acumulado apenas nesta semana em NY já supera os 5% no contrato março/25, o mais negociado.
Em Nova York, o contrato março/25 recuou 0,19 cents/lbp (-0,96%), fechando a 19,65 cents/lbp. O maio/25 caiu 0,25 cents/lbp (-1,35%), cotado a 18,28 cents/lbp. O julho/25 registrou uma baixa de 0,22 cents/lbp (-1,22%), negociado a 17,84 cents/lbp, enquanto o outubro/25 recuou 0,21 cents/lbp (-1,17%), valendo 17,81 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o março/25 recuou US$ 3,40 (-0,66%), encerrando o dia a US$ 511,60/tonelada. O maio/25 perdeu US$ 4,20 (-0,81%), sendo negociado a US$ 512,70/tonelada. O agosto/25 caiu US$ 4,60 (-0,91%), cotado a US$ 501,70/tonelada, enquanto o outubro/25 teve baixa de US$ 4,00 (-0,80%), fechando a US$ 495,40/tonelada.
Segundo Lívea Coda, coordenadora da equipe de Inteligência de Mercado da Hedgepoint, desde a última semana, os preços do açúcar são corrigidos devido a vários fatores. Ela cita a espera por um aumento de produção na Tailândia em relação ao ano passado; o país deve aumentar em 2,3 milhões de tonelada sua participação no mercado internacional em 24/25.
Outro fator citado por Coda é a suspensão das importações pela China de xarope, mistura de açúcar e pré-mistura de açúcar em pó da Tailândia devido a preocupações sanitárias. Isso significa que cerca de 1 milhão de toneladas das exportações de açúcar da Tailândia precisarão encontrar novos mercados, adicionando um tom baixista aos preços do açúcar.
Enquanto isso, como explica a coordenadora, a colheita da China está apresentando resultados excepcionais, indicando uma possível redução em sua necessidade de importações. Ao mesmo tempo, a Indonésia anunciou, na semana passada, novos passos em direção à autossuficiência alimentar até 2027, incluindo a proibição das importações de açúcar para consumo a partir de 2025.
“Essas notícias, combinadas com um relatório baixista da Unica, empurrou os preços para abaixo do suporte de 21 c/lb. Além disso, rumores de que a Índia pode vir a exportar e a desvalorização do real brasileiro, já levaram os preços do açúcar a cair além dos 20 c/lb”, declara Coda.
Quanto ao real, ela destaca que a moeda brasileira atingiu o menor valor em comparação ao dólar americano da história, desencadeando uma reação em cadeia no mercado de açúcar com a venda apressada de contratos futuros por produtores brasileiros.
Mercado interno
De acordo com o que mostra o indicador Cepea Esalq, em São Paulo o açúcar cristal branco caiu 0,21% e passou a valer R$ 160,43/saca. O açúcar cristal em Santos (FOB) perdeu 1,76% e tem valor de R$ 154,23/saca. O cristal empacotado em São Paulo vale R$ 17,0817/5kg. O refinado amorfo está cotado em R$ 3,8083/kg, após queda de 0,26%. O VHP permanece com preço de R$ 111,46/saca.
Em Alagoas, também com base no que mostra o indicador Cepea Esalq, o preço do açúcar está em R$ 154,68/saca. Na Paraíba, a cotação é de R$ 151,51/saca. Em Pernambuco, o adoçante vale R$ 149,33/saca.
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