Açúcar fecha com queda de até 2,14% em NY e se aproxima das mínimas de quase três meses
Uma baixa mais acentuadas nesta terça-feira (10), após um dia também com variações negativas na sessão anterior, fez com que os preços do açúcar no mercado internacional se aproximassem dos menores valores registrados em quase três meses. Ao longo do dia, o contrato março/25, mais negociado de NY, chegou a ser cotado abaixo dos 21 cents/lbp, patamar que sustenta desde 18 de setembro deste ano, quando a redução se aproximava dos 3%.
Em Nova York, o contrato março/25 caiu 0,46 cents (-2,14%), fechando a 21,04 cents/lbp. O maio/25 recuou 0,37 cents (-1,85%), encerrando a 19,62 cents/lbp. O julho/25 perdeu 0,27 cents (-1,40%), sendo cotado a 18,97 cents/lbp, enquanto o outubro/25 desceu 0,20 cents (-1,05%), finalizando o dia a 18,84 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, os contratos também registraram quedas significativas. O março/25 recuou US$ 16,30 (-2,94%), terminando a sessão a US$ 538,70. O maio/25 teve baixa de US$ 15,90 (-2,87%), sendo negociado a US$ 537,10. Já o agosto/25 e o outubro/25 caíram US$ 12,80 (-2,37%) e US$ 9,40 (-1,79%), encerrando o dia a US$ 526,00 e US$ 516,80, respectivamente.
Nesta terça-feira, a Reuters trouxe a informação de que a “Índia deve produzir uma quantidade recorde de açúcar no próximo ano de comercialização, a partir de outubro, depois que milhões de agricultores expandiram o cultivo de cana, encorajados por amplos suprimentos de água e preços em queda de safras concorrentes”.
A StoneX reforça esse panorama ao apontar um cenário de pressão baixista nos preços devido à oferta ampliada na Índia e ao mix mais açucareiro no Brasil. A consultoria também sugere que a Índia pode exportar até 1 milhão de toneladas de açúcar em 2024, caso os incentivos ao etanol sejam ajustados.
Por outro lado, alguns analistas têm opiniões divergentes. João Baggio, da G7 Agro Consultoria, acredita que a alta demanda por etanol na Índia pode limitar significativamente as exportações de açúcar, contrariando as estimativas de excedentes. Além disso, a Hedgepoint aponta que a entressafra no Centro-Sul brasileiro em 2025 pode restringir a oferta no primeiro trimestre, o que, aliado a uma maior demanda, pode sustentar os preços.
Mercado interno
Segundo os dados do indicador Cepea Esalq, em São Paulo, o açúcar cristal branco teve nova baixa, de 0,19%, e vale R$ 163,10/saca. O açúcar cristal em Santos (FOB) perdeu 0,64% e tem valor de R$ 162,68/saca. O cristal empacotado vale R$ 17,0624/5kg. O refinado amorfo segue cotado em R$ 3,8209/kg. O VHP permanece com preço de R$ 111,46/saca.
Em Alagoas, também com base no que mostra o indicador Cepea Esalq, o preço do açúcar está em R$ 159,40/saca, após recuo de 0,16%. Na Paraíba, a cotação é de R$ 151,51/saca. Em Pernambuco, o adoçante vale R$ 149,33/saca.
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