Preços do açúcar fecham em queda nesta 2ªfeira (28) pressionados pela produção brasileira

Publicado em 28/10/2024 16:37
Previsão de chuvas para o Centro-Sul também são negativas para as cotações

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Os preços futuros do açúcar seguem pressionados pela produção no Brasil e, com isso, fecharam em queda nesta segunda-feira (28), nas bolsas de Nova York e Londres. “Os preços do açúcar hoje estão vendo fraqueza contínua devido à produção de açúcar acelerada no Centro-Sul do Brasil, a maior região produtora de açúcar do país”, aponta o Barchart.

Na última sexta-feira (25) a Unica divulgou que a produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil aumentou em 8% durante a segunda quinzena deste mês de outubro, na comparação com o mesmo período do ano passado. Além disso, na comparação total da safra 2024/25 até o momento, há um aumento de 1,9% na comparação com 2023. Além disso, o Barchart destaca também que as previsões de chuva no são pessimistas para as cotações.

Dessa forma, contrato março/25 recuou 0,18 cents (-0,81%), sendo cotado a 21,96 cents/lbp. O maio/25 caiu 0,14 cents (-0,68%), fechando a 20,31 cents/lbp. O julho/25 registrou uma baixa de 0,13 cents (-0,66%), negociado a 19,44 cents/lbp, enquanto o outubro/25 teve uma leve queda de 0,12 cents (-0,62%), cotado a 19,23 cents/lbp.

Na Bolsa de Londres, o dezembro/24 perdeu US$ 6,00 (-1,06%), fechando a US$ 560,20 por tonelada. O março/25 recuou US$ 6,40 (-1,11%), sendo negociado a US$ 568,40 por tonelada. O maio/25 caiu US$ 5,30 (-0,94%), cotado a US$ 561,40 por tonelada, enquanto o agosto/25 registrou uma queda de US$ 3,80 (-0,69%), fechando a US$ 545,10 por tonelada.

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, Mauricio Muruci, analista de mercado da Safras & Mercado, afirmou que atualmente está em curso uma tendência de baixa para os preços do açúcar, sobretudo por conta das chuvas no Brasil e na Ásia, porém o encaminhamento da safra brasileira para o fim ajuda a segurar os futuros em Nova York.

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Nesta segunda-feira, Arnaldo Antônio Bortoletto, vice-presidente da Coplacana, destacou que os incêndios nos canaviais brasileiros acelerou a moagem, por isso já foi moída mais cana na comparação com o mesmo período de 2023, porém ele aponta que a safra será mais curta e as indústrias encerrarão as atividades já em novembro.

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A Reuters apontou que a produção de cana no Centro-Sul do Brasil até agora nesta temporada, segundo negociantes, foi a segunda maior já registrada, mas o próximo movimento do mercado pode depender da rapidez com que ela deve cair em relação ao ano recorde de 2023.

A agência internacional destacou o posicionamento de analistas da Green Pool, os quais afirmam que mesmo com um encerramento da safra pelas usinas mais rápido na comparação com o último ano, esse ritmo de fechamento não é veloz o suficiente para sustentar uma produção abaixo de 600 milhões de toneladas métricas e, portanto, preveem uma produção total de 605 milhões de toneladas.

Mercado interno

De acordo com os dados do indicador Cepea Esalq, o açúcar cristal branco, em São Paulo, segue cotado em R$ 158,26/saca . O açúcar cristal em Santos (FOB) tem valor de R$ 158,49/saca, após desvalorização de 0,85%. O cristal empacotado, em São Paulo, permanece em R$ 16,1799/5kg, o refinado amorfo está cotado em R$ 3,6127/kg e o VHP permanece com preço de R$ 112,81/saca.

Em Alagoas, também com base no que mostra o indicador Cepea Esalq, o preço do açúcar está em R$ 157,28/saca, após queda de 4,69%. Na Paraíba, a cotação é de R$ 148,00/saca. Em Pernambuco, o valor é de R$ 155,47/saca.

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Por:
Igor Batista
Fonte:
Notícias Agrícolas

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