Queda do petróleo pressiona preços do açúcar e contratos futuros fecham em baixa
A fraqueza nos preços do petróleo bruto foi decisiva para os futuros do açúcar nesta quarta-feira (04), de acordo com informações do Barchart. Por conta disso, o adoçante registou reduções de até 1,28% entre os principais contratos da Bolsa de Nova York e de até 0,92% em Londres.
“Os preços do açúcar registraram perdas moderadas na quarta-feira devido à fraqueza nos preços do petróleo bruto. O petróleo bruto (CLV24) caiu para uma baixa de 8-3/4 meses na quarta-feira, o que prejudicou os preços do etanol e pode levar as usinas de açúcar do mundo a desviar a moagem de cana para a produção de açúcar em vez de etanol, aumentando assim os suprimentos de açúcar”, pontuou o Barchart.
Nesta quarta-feira, o Notícias Agrícolas conversou com Marcus D’Elia, sócio da Legggio Consultoria, a respeito do cenário do mercado do petróleo. Segundo ele, o contexto atual é de uma redução de consumo, principalmente por parte da China, com uma diminuição de aproximadamente de 200 mil barris por dia, o que, segundo o consultor, é um volume relevante.
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“Esse contexto pode fazer com que os preços reduzam, caso se mantenha a previsão de aumento de produção da Opep+, o que ainda irá se confirmar”, declarou D'Elia. Entretanto, ele acredita que a Opep+ provalmente irá reduzir a produção para ajustá-la ao consumo. Com isso, a expectativa é de que até o final do ano o preço fique em torno de US$ 80/barril, pois não acredita nem em uma redução grande nem em um aumento que leve as cotações até US$ 90/barril.
Movimentação dos preços futuros
Por conta desse cenário, na Bolsa de Nova York, o contrato outubro/24 caiu 0,25 cents (1,28%) e passou a valer 19,24 cents/lbp. O março/25 também fechou com baixa de 0,25 cents (1,26%) e passou a ser cotado em 19,56 cents/lbp. O maio/25 encerrou a sessão com redução de 0,20 cents (1,05%) e foi a 18,80 cents/lbp. O julho/25 terminou o dia com valor de 18,31 cents/lbp, diminuição de 0,17 cents (0,92%).
Em Londres, o outubro/24 encerrou a sessão cotado em US$ 539,10/tonelada, queda de US$ 2,70 (0,50%). O dezembro/24 teve redução de US$ 3,30 (0,62%) e foi a US$ 528,80/tonelada. O março/25 passou a valer US$ 524,30, diminuição de US$ 4,20 (0,79%). O maio/25 perdeu US$ 4,10 (0,78%) e passou a ser cotado em US$ 521,10/tonelada.
Mercado Interno
No Brasil, com base no indicador Cepea/Esalq, o açúcar cristal teve aumento de 0,19% e é negociado em R$ 135,91/sc. O cristal empacotado subiu 0,83% e vale R$ 15,3633/5kg. O refinado amorfo tem cotação de 3,3978/kg, com alta de 0,59%.
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