Presidente da Câmara Setorial de Açúcar e Álcool e da Unida pede investigação e repudia incêndios criminosos em São Paulo
Os incêndios criminosos ocorridos em áreas de cana-de-açúcar nos últimos dias em São Paulo, na opinião do presidente da Câmara Setorial de Açúcar e Álcool e da União Nordestina dos Produtores de Cana-de-açúcar (Unida), Pedro Campos Neto, precisam ser investigados e esclarecidos e as pessoas responsáveis deverão responder pelos seus atos em todas as esferas criminais.
“As queimadas em canaviais que facilitam o corte da cana são estudadas, planejadas, acompanhadas de perto e não fogem ao controle de quem as provoca, portanto, isso que aconteceu no interior de São Paulo foge completamente dos procedimentos técnicos adotados para queima de canaviais”, esclarece o dirigente canavieiro.
Pedro Campos Neto lembra que quando há queima controlada de canaviais há todo um preparo para ela ser realizada. “O solo é molhado ao redor de toda a área, na chamada linha fria. O fogo é sempre ateado em oposição à direção do vento para garantir que se espalhe devagar. É feito um comunicado aos vizinhos do dia da queima, assim como aos órgãos responsáveis, há todo um estudo prévio do terreno (declividade, tamanho da área a ser queimada, teor de umidade do solo, etc”, explica Pedro.
“Foi muito estranho esses incêndios aconteceram de forma simultânea em lugares distintos”, reitera Pedro Campos Neto, destacando que o número de focos de incêndio registrados em agosto no Estado de São Paulo é o maior para qualquer mês nas cidades paulistas desde 1998, quando os registros começaram a ser computados pelo Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Os 23 dias de agosto, por exemplo, somam 3.175 ocorrências, o que é quase o dobro do que foi registrado ao longo dos 12 meses do ano passado no Estado (1.666).
O dirigente canavieiro também elogiou as iniciativas do governador do Estado, Tarcísio de Freitas, que decretou situação de emergência por 180 dias nos municípios afetados com os incêndios e montou um gabinete de crise e um posto avançado de emergência em Ribeirão Preto.
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