Rally do açúcar: Chuvas escassas no BR e revisão de safra pela StoneX impulsionam NY e Londres

Publicado em 21/03/2024 15:00
No financeiro, houve limitação da alta com perdas moderadas do petróleo e valorização do dólar sobre real

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Nesta quinta-feira (21), as cotações futuras do açúcar finalizaram a sessão nas bolsas de Nova York e Londres com alta expressiva. O rally foi motivado pelas chuvas escassas em áreas do Centro-Sul do Brasil, além da revisão na safra 2023/24 da principal região produtora do país.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 1,33% no dia, cotado a 22,06 cents/lb, com máxima em 22,18 cents/lb e mínima de 21,82 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato do adoçante saltou 1,80%, a US$ 640,10 a tonelada.

O mercado do açúcar trabalhou em alta durante praticamente toda esta quinta-feira estendendo tecnicamente os ganhos da véspera. Além disso, os preços repercutiram a contínua preocupações com o clima para desenvolvimento da safra 2024/25, que começa em abril deste ano.

"As preocupações com a seca excessiva no Brasil alimentaram hoje uma cobertura de posições nos futuros do açúcar, com base nas previsões de chuvas limitadas durante a próxima semana no Centro-Sul do Brasil, a principal região produtora de açúcar do país", disse o Barchart.

Acompanhando este cenário, a StoneX anunciou nesta quinta-feira revisões drásticas em suas estimativas, passando a ver uma moagem total de cana-de-açúcar em 602 milhões de toneladas, ante 622 milhões em janeiro. A produtividade agrícola cairá cerca de 9% devido ao clima.

A produção de açúcar na região será de 42,3 milhões de toneladas, abaixo das 43,1 milhões de toneladas projetadas em janeiro. Ou seja, não deverá mais ser recorde, apesar de as usinas seguirem a maximização de produção do adoçante neste ciclo novo ciclo produtivo.

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No âmbito financeiro, embora o câmbio tenha oferecido suporte no dia anterior, o dólar começou a se fortalecer nesta quinta-feira em relação ao real, o que tende a estimular as exportações, mas exerce pressão sobre os preços das commodities agrícolas cotadas na moeda.

Além disso, o preço do petróleo tinha queda de cerca de 1% nesta tarde e também limitava as perdas.

MERCADO INTERNO

O mercado spot do açúcar voltou a reagir nos últimos dias com aquecimento da demanda. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 144,94 a saca de 50 kg com valorização de 0,65%.

Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar ficou cotado a R$ 165,98 - estável, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. Já o açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 23,73 c/lb com valorização de 0,57%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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