Açúcar: Redução das chuvas no BR faz NY e Londres subirem forte nesta 3ª
As cotações futuras do açúcar encerraram esta terça-feira (27) com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado teve suporte das preocupações com a oferta, já que as chuvas têm reduzido no Centro-Sul, principal polo do país.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 2,35%, cotado a 22,68 cents/lb, com máxima em 22,95 cents/lb e mínima de 22,16 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato subiu 1,15%, a US$ 631,70 a tonelada.
Depois de iniciar o dia próximo da estabilidade, o açúcar passou a subir forte no exterior nesta tarde de terça-feira depois que aumentaram as preocupações com a oferta do adoçante, já que as chuvas permanecem baixas nas áreas do país.
"Os revendedores disseram que o mercado continuou a receber apoio das preocupações de que a redução das chuvas na importante região Centro-Sul do Brasil levaria a um declínio na produção de cana na próxima temporada 2024/25", destacou a Reuters.
A Tereos, por exemplo, estimou nesta semana que a nova safra do Centro-Sul do país possa cair abaixo de 600 milhões de toneladas, contra 660 milhões no ciclo 2023/24, que ainda está em andamento, devido chuvas insuficientes.
Por outro lado, segundo a agência de notícias, há sinais mais positivos que partem da Tailândia nesta temporada, o que ajuda a manter os preços sob controle. A safra das origens asiáticas tem sido impactada pelo fenômeno El Niño.
No financeiro, o açúcar também recebeu suporte no dia da alta forte do petróleo no internacional, que impacta na decisão sobre o mix das usinas. Além disso, o dólar caiu quase 1% sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações.
MERCADO INTERNO
O mercado físico do açúcar tem trabalhado sem direção clara nos últimos dias, mas quedas têm acontecido.
"A demanda retraída, com compradores adquirindo apenas pequenas quantidades para necessidades mais imediatas, explica o movimento de baixa nas cotações. Diante da menor procura, agentes das usinas ofertaram o cristal branco a preços inferiores, mesmo com o volume restrito disponível neste período de entressafra", reportou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 144,79 a saca de 50 kg com desvalorização de 0,35%.
Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar ficou cotado a R$ 153,50 - estável, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. Já o açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 24,29 c/lb com alta de 2,33%.
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