BP Bunge investe em ações para atração de mulheres
De acordo com levantamento feito pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a participação feminina no agronegócio aumentou 1,3% no primeiro trimestre de 2023, em comparação ao mesmo período de 2022 — percentual que equivale a 139,9 mil novos postos de trabalho ocupados por mulheres. A pesquisa também mostra que o agro brasileiro conta com 10,7 milhões de mulheres entre a população ocupada (38,07%), mas que os homens ainda são maioria (61,93%), totalizando 17,4 milhões. E, sob essa ótica, a BP Bunge Bioenergia, uma das líderes brasileiras nos mercados de etanol, açúcar e bioeletricidade, tem atuado para criar possibilidades para atrair mais mulheres para o setor agrícola da companhia.
As ações voltadas para a inclusão de mulheres no agro fazem parte de um movimento ligado à Agenda ESG da companhia, que lançou seu programa de Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I), o Bem Plural, no 2º semestre de 2023, após a realização de um diagnóstico sobre o tema. O Bem Plural contribui para a construção de um ambiente de trabalho ético, justo, inovador e atrativo, que seja representativo da sociedade, pois promove por meio de compreensão, diálogo, comunicação e iniciativas o comportamento de acolhimento e respeito entre todos os colaboradores, profissionais e parceiros de negócio. Para ampliar a diversidade na empresa os colaboradores podem atuar no programa por meio dos grupos de afinidade, divididos em quatro pilares: Mulheres; Raça e Etnia; LGBTQIAPN+; e PcD. Além disso, a BP Bunge é signatária do movimento Elas Lideram, do Pacto Global da Onu, que levou a empresa assumir a meta de ter até 30% de liderança feminina até 2025.
Frente 100% feminina
Em abril de 2023 teve início, na unidade de Santa Juliana, em Minas Gerais, um projeto-piloto com uma frente de trabalho exclusivamente feminina, na atividade de preparo de solo. A companhia fez algumas ações junto às mulheres das comunidades próximas à unidade, o que possibilitou a formação de dois turnos compostos apenas por mulheres — inclusive a líder direta, que foi deslocada de outro setor para dar suporte às novas colaboradoras.
Após o sucesso da ação, a empresa estruturou e implementou uma iniciativa no formato de Rodas de Conversa, para atração de mulheres nas cidades próximas às 11 unidades do grupo. Com o apoio das prefeituras, foram realizadas palestras para as mulheres das comunidades, para apresentar a cultura, valores e modelo de negócio da BP Bunge, além das oportunidades e rotina de trabalho no campo. Os primeiros encontros ocorreram entre os meses de setembro e outubro em municípios do entorno das unidades de Guariroba (SP), Moema (SP), Ouroeste (SP), Santa Juliana (MG), Tropical (GO), Monteverde (MS) e Pedro Afonso (TO). Até o fim da safra 2023/24 as unidades Ituiutaba, Itapagipe e Frutal, em Minas Gerais, e Itumbiara, em Goiás, realizarão as Rodas de Conversa nas comunidades.
“Essa iniciativa foi concebida com o propósito de integrar, capacitar e valorizar as mulheres em nosso setor que ainda é predominantemente masculino. Levamos mulheres da nossa equipe que começaram em cargos iniciais e agora ocupam posições de liderança, para servir de exemplo e inspiração para as mulheres da comunidade”, conta Natália Iole, gerente de Talentos da BP Bunge.
Capacitação para a inclusão
Segundo Cesar Bresciani, diretor de Recursos Humanos da companhia, a BP Bunge adota a estratégia de investir no desenvolvimento de pessoas para se tornar uma empresa de referência no setor. Por isso, a companhia possui o programa interno de capacitação, denominado Capacita+, que possui algumas frentes, como o Capacita+ Comunidade, que tem como foco a formação profissional para funções específicas, como operadores de máquinas agrícolas ou mecânicos. Adicionalmente, há uma versão do programa dedicada exclusivamente à capacitação de mulheres.
“A edição voltada ao público feminino tem o objetivo de promover a igualdade de oportunidades, além de impulsionar o crescimento pessoal e profissional dessas mulheres, que podem vir a ser contratadas pela companhia. Esse foco que temos, em investir nas pessoas, é fundamental para o crescimento sustentável do nosso negócio”, afirma Bresciani.
Capacita+ Mulher em ação
Para dar início às ações do Capacita+ Mulher, a BP Bunge implementou um projeto-piloto nas usinas de Guariroba (SP) e Santa Juliana (MG), em colaboração com o Senai, para treinar mulheres como operadoras de trator. A capacitação — que ocorreu nos meses de novembro e dezembro — contou com a participação de 38 mulheres de quatro cidades próximas às usinas. O Senai administrou a parte teórica, enquanto a BP Bunge forneceu as máquinas para a formação prática do curso.
“Nesta turma, formamos 38 profissionais, das quais 14 foram contratadas em nossas unidades. Aquelas que não foram contratadas imediatamente farão parte do nosso banco de talentos para futuras oportunidades”, afirma Natália.
No decorrer da safra 2024/25, o programa Capacita+ Mulher será levado para as demais unidades da BP Bunge. O objetivo é alcançar todas 11 unidades do Brasil e as próximas a receberem a capacitação serão Ouroeste (SP) e Pedro Afonso (TO).
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