Açúcar cai forte em NY e Londres e volta a se aproximar das mínimas de mais de 8 meses
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira (18) com queda expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado sente pressão das chuvas no Centro-Sul do Brasil nos próximos dias, além dos menores temores com a oferta do adoçante.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve desvalorização de 3,09%, a 21,31 cents/lb, com máxima em 21,99 cents/lb e mínima de 21,25 cents/lb, muito próxima das mínimas de mais de oito meses testadas na última semana no terminal.
Em Londres, o primeiro contrato do açúcar branco teve baixa de 2,27%, a US$ 612,60 a tonelada.
As quedas fortes da semana passada voltaram a ser vistas para o açúcar com operadores repercutindo a previsão de chuvas no Centro-Sul. A percepção não é de impacto na colheita, mas sim benefícios para a próxima safra da maior região produtora do país.
"Revendedores disseram que o açúcar está sob pressão, já que as chuvas retornarão ao maior produtor, o Brasil, na próxima semana. Eles acrescentaram que a falta de acompanhamento das compras após as quedas da semana passada significa que os sinais técnicos se tornaram pessimistas", reportou a Reuters.
Os dados de produção de açúcar nas últimas quinzenas no Brasil também destacam o avanço da safra mesmo neste final de ano, o que gerou otimismo com a oferta global. "Os preços do açúcar têm estado sob pressão nas últimas cinco semanas, à medida que o Brasil aumenta a produção de açúcar", complementou o Barchart.
Apesar disso, analistas consideram que o açúcar continua sustentado por Índia e Tailândia.
A Associação Indiana de Usinas de Açúcar da Índia trouxe nesta segunda que as indústrias do país produziram 7,4 milhões de toneladas métricas de açúcar entre 1º de outubro e 15 de dezembro, uma queda de 10,7% em relação ao ano anterior.
A Índia decidiu permitir que as usinas de açúcar desviem até 1,7 milhão de toneladas de açúcar para a produção de etanol, disseram autoridades do governo
No financeiro, por outro lado, o açúcar teve alguma limitação da queda na sessão desta segunda diante da disparada do petróleo no cenário internacional. As oscilações do óleo bruto tendem a impactar na decisão sobre o mix das usinas. O dólar subia sobre o real.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar no mercado brasileiro caíram forte no final da semana passada seguindo o exterior. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 151,88 a saca de 50 kg com desvalorização de 1,52%.
Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar ficou cotado a R$ 155,74 e alta de 0,17%, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. Já o açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 22,91 c/lb com desvalorização de 0,86%.
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