Açúcar avança pela segunda sessão seguida em NY e Londres nesta 3ª feira
As cotações futuras do açúcar finalizaram esta terça-feira (21) com alta nas bolsas de Nova York e Londres, pela segunda sessão seguida. O mercado permanece com suporte das preocupações com as origens asiáticas por conta do clima, além de dados da Europa.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 0,69%, a 27,75 cents/lb, com máxima em 27,64 cents/lb e mínima de 27,48 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve alta de 0,38%, negociado a US$ 749,20 a tonelada.
"O mercado continua a observar condições estressantes nas áreas de produção asiáticas... Existem preocupações sobre o potencial de produção da Tailândia e da Índia devido ao El Niño", afirma Jack Scoville, vice-presidente da Price Futures Group.
Também dá suporte aos preços do adoçante no cenário internacional a divulgação da Bloomberg de que os produtores franceses de beterraba sacarina temem perdas de 15% nesta safra por conta do excesse de chuva. O país é um dos maiores produtores do bloco.
Do Brasil, por outro lado, as informações que permeiam o mercado são mais baixistas, já que a safra está caminhando bem, após chuvas impactarem os trabalhos recentemente. Porém, o ponto de suporte aos preços vem da questão logística nos portos.
O congestionamento portuário e o ritmo de moagem das usinas brasileiras foram penalizados por um outubro mais chuvoso que a média. No entanto, novembro está indicando melhorias. Em termos de dias perdidos, a primeira quinzena do mês registrou uma queda acentuada, terminando abaixo da média de 10 anos, em cerca de 1,3 dias.
“As previsões meteorológicas mostram que esta tendência mais seca deverá persistir, apesar de algumas chuvas previstas para esta semana. Embora ainda deva existir alguma repercussão das interrupções nas operações de carregamento, podemos esperar melhorias no congestionamento”, afirma a analista de Açúcar e Etanol da hEDGEpoint, Lívea Coda.
No financeiro, o mercado do açúcar também passou a ter algum suporte do petróleo, que chegou a recuar durante a maior parte do dia, mas passou a subir levemente nesta tarde. As oscilações do óleo impactam diretamente na decisão de produção das usinas.
O dólar, porém, subia forte sobre o real nesta tarde, era limitador da alta do adoçante nas bolsas externas, já que impacta nas exportações.
MERCADO INTERNO
O ritmo de negócios no mercado spot paulista de açúcar permanece lento, com a média dos preços praticamente estável. Além do feriado do dia 15 (Proclamação da República), as compras para pronta-entrega não mostram sinais de aquecimento neste final de ano, segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 156,13 a saca de 50 kg - estável.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 155,62 a saca e alta de 0,42%, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 28,71 c/lb com valorização de 1,40%.
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