Açúcar inicia semana com altas de mais de 1% em NY e Londres seguindo disparada do petróleo
As cotações futuras do açúcar encerraram esta segunda-feira (20) com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado teve suporte da forte valorização internacional do petróleo, além de seguir a atenção para a oferta, principalmente por conta da Ásia.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 1,40%, a 27,56 cents/lb, com máxima em 27,60 cents/lb e mínima de 27,07 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve alta de 1,33%, negociado a US$ 746,40 a tonelada.
O mercado do açúcar teve suporte importante durante o dia da alta forte do petróleo no cenário internacional, que chegou a superar os 3%. Há expectativas de novos cortes na oferta pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+).
As oscilações do petróleo impactam diretamente na decisão de produção do mix das usinas com base na rentabilidade, se terão maior foco para o açúcar ou etanol.
Ainda no financeiro, o açúcar também encontrou suporte nesta segunda-feira da desvalorização de mais de 1% do dólar sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações e dar suporte aos preços externos das commodities agrícolas.
Nos fundamentos, os operadores no mercado se atentam para a safra complicada na Ásia, com Índia e Tailândia.
"O mercado continua a observar condições estressantes nas áreas de produção asiáticas... Existem preocupações sobre o potencial de produção da Tailândia e da Índia devido ao El Niño", afirma Jack Scoville, vice-presidente da Price Futures Group.
Por outro lado, após temores com as chuvas, a colheita tem avançado com tempo firme nos últimos dias na principal região produtora do Brasil. Ainda do maior produtor global do adoçante, o mercado monitora os gargalos logísticos nos portos.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar no mercado brasileiro voltaram a cair. Na primeira quinzena de novembro, algumas usinas reduziram seus valores, pois muitos compradores não estavam dispostos a negociar, por causa das cotações elevadas, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 156,13 a saca de 50 kg com desvalorização de 0,20%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 155,62 a saca e alta de 0,42%, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 28,32 c/lb com desvalorização de 0,04%.
0 comentário
Futuros do açúcar têm leve recuperação em NY, mas seguem pressionados pela produção brasileira
Média diária de exportação de açúcar até a 3ª semana de dezembro é 42% inferior à de 2023
Problemas climáticos afetam produção de açúcar da Índia e expectativas de exportação
Alta do açúcar nesta 2ª feira (23) perde força e cotações ficam praticamente estáveis em NY
Açúcar abre em alta nesta 2ª feira e recupera parte das perdas registradas na última semana
Estável nesta 6ª feira (20), açúcar encerra semana com baixas acumuladas de mais de 5% em NY