Açúcar avança mais de 1% nas bolsas de NY e Londres com atenção ao financeiro e origens
Os futuros do açúcar finalizaram esta quarta-feira (1º) com alta de mais de 1% nas bolsas de Nova York e Londres. O suporte veio do financeiro, além de preocupações com a oferta, com chuvas na finalização da colheita do Brasil e dados da Índia.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 1,55%, cotado a 27,51 cents/lb, com máxima em 27,69 cents/lb e mínima de 27,13 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve alta de 1,74%, negociado a US$ 740,80 a tonelada.
O mercado do açúcar trabalha em alta desde a manhã desta quarta com importante atenção ao financeiro. O petróleo registrava leve alta, o que impacta diretamente na decisão de produção das usinas brasileiras, se serão mais voltadas ao etanol ou adoçante.
Além disso, o dólar caía cerca de 1% sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações das commodities e dar suporte aos preços externos do adoçante.
Os operadores também se preocupam com a finalização da safra 2023/24 do Centro-Sul do Brasil, já que chuvas podem impactar a colheita nos próximos dias, embora as perspectivas para a produção de açúcar na região permanecessem favoráveis.
Também há um monitoramento do mercado para o fluxo de exportações do adoçante nas próximas semanas em meio às instabilidades climáticas que são previstas.
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Na véspera, a Associação Indiana de Usinas de Açúcar (ISMA), anunciou que a safra da Índia, segunda maior exportadora global do adoçante, deve cair 8%, para um total de 33,7 milhões de toneladas neste ciclo 2023/24, que começou no mês de outubro.
A decisão da Tailândia de reverter um recente aumento no preço interno do açúcar e a aprovação do governo para as exportações de açúcar também foram vistas como favoráveis.
MERCADO INTERNO
Depois de bater recorde no início do mês, os preços do açúcar trabalham sem variações tão expressivas. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 157,19 a saca de 50 kg com queda de 0,64%.
"Observa-se certa resistência por parte dos compradores em negociar a preços mais elevados no mercado à vista, mesmo com oferta de açúcar de melhor qualidade restrita. No geral, a liquidez captada está estável neste final de mês", destaca o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 153,60 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 27,99 c/lb com alta de 1,28%.
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