Açúcar cai mais de 2% em NY e Londres nesta 2ª na esteira do petróleo e atento para BR
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira (30) com perdas de mais de 2% nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado caiu na esteira da queda de mais de 3% do petróleo no cenário internacional, além do avanço da safra 2023/24 do Brasil.
Também houve alguma movimentação técnica ante altas recentes.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 2,16%, cotado a 26,75 cents/lb, com máxima em 27,53 cents/lb e mínima de 26,65 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve queda de 2,21%, negociado a US$ 725,40 a tonelada.
O mercado do açúcar sentiu forte pressão do petróleo nesta segunda-feira, que tinha recuos de cerca de 3% à medida que diminuíam os temores de que a guerra entre Israel e Hamas poderia impactar no fornecimento do óleo nessa importante região produtora.
As oscilações do óleo bruto impactam diretamente na decisão de produção das usinas do Centro-Sul do país, se terão foco maior na produção do açúcar, que está bastante rentável, ou do etanol, um biocombustível bastante utilizado no Brasil.
Além disso, houve pressão da alta do dólar sobre o real, que impacta nas exportações.
O avanço da safra 2023/24 do Brasil também contribuiu para as perdas. "O aumento da produção na importante região Centro-Sul do Brasil estava ajudando a mitigar, pelo menos parcialmente, as preocupações com as colheitas nos principais produtores asiáticos", reportou a Reuters.
A produção do adoçante na primeira metade de outubro totalizou 2,25 milhões de toneladas, cerca de 21% acima de 2022/23, segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica). O volume ficou acima do registrado no mesmo período do ano passado.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar voltaram a ter repiques de alta no mercado físico. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 158,00 a saca de 50 kg com alta de 0,59%.
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP), a alta dos valores internos do adoçante tem sido influenciada pelas exportações aquecidas – vale lembrar que a venda externa do açúcar continua remunerando mais que a doméstica.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 153,60 a saca e alta de 0,36%, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 28,25 c/lb com alta de 1,12%.
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