Açúcar salta mais de 1% em NY e Londres nesta 6ª com suporte do petróleo
As cotações futuras do açúcar encerraram esta sexta-feira (27) com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres, que deram suporte para avanços semanais. O mercado teve suporte do petróleo, além de ajuste de posições depois das perdas recentes.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 1,11%, cotado a 27,34 cents/lb, com máxima em 27,50 cents/lb e mínima de 27 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve alta de 1,04%, negociado a US$ 741,80 a tonelada.
Durante esta semana, o açúcar bruto no terminal norte-americano testou máxima de 28 cents/lb, um pico de 12 anos, apesar de acumulado semanal negativo de 0,51%.
Além de alta com ajuste de posições ante as baixas recentes, o mercado do açúcar disparou nesta tarde de sexta-feira acompanhando a disparada de cerca de 2% do petróleo no cenário internacional com temores de escalada do conflito no Oriente Médio.
"Estamos à mercê da próxima manchete... E acho que é isso que temos visto hoje com as oscilações de preços", disse à agência de notícias Reuters Phil Flynn, analista do Price Futures Group.
As oscilações do petróleo impactam diretamente na decisão de produção das usinas no Centro-Sul. Além disso, o adoçante também acompanhou em parte do dia a desvalorização do dólar sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações das commodities.
Os temores com a oferta do adoçante também seguem dando suporte aos preços externos do adoçante, principalmente por conta do impacto do clima nas plantações asiáticas.
Por outro lado, o mercado do açúcar também acompanha os dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica). A produção do adoçante na primeira metade de outubro totalizou 2,25 milhões de toneladas, cerca de 21% acima de 2022/23.
De acordo com a Reuters, a safra de cana-de-açúcar no Brasil pode ser ainda maior do que o esperado nesta temporada. A BP Bunge, uma das maiores processadoras do país, disse que espera uma safra de cana-de-açúcar de 636 milhões de toneladas.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar têm oscilado pouco nos últimos dias no mercado interno. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 157,07 a saca de 50 kg com baixa de 0,15%.
"Após as valorizações da primeira semana do mês, os compradores não quiseram pagar os preços solicitados pelos vendedores e abandonaram o mercado. Além disso, a segunda semana de outubro foi 'mais curta' no Brasil por causa do feriado de quinta-feira, 12 (Dia de Nossa Senhora Aparecida), o que também influenciou a liquidez", ressalta o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 153,04 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 27,94 c/lb com baixa de 2,15%.
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