Medidas de vigilância sobre as importações de etanol pela UE são vistas com perplexidade e preocupação pela Unica

Publicado em 27/09/2023 08:11 e atualizado em 27/09/2023 13:00
Europa é um grande importador de etanol, já que não dispõe de oferta local para suprir sua demanda

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A Comissão Europeia anunciou, na semana passada, que irá adotar a implementação de medidas de vigilância retroativas sobre as importações de etanol de vários países, incluindo o Brasil e os Estados Unidos, que são os dois principais produtores do biocombustível no mundo.

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) se posicionou nesta quarta-feira (27), através de nota, sobre o assunto e se mostrou perplexa e preocupada com as novas medidas. A Europa é um grande importador de etanol, já que não dispõe de oferta local para suprir sua demanda.

"Aplicada de forma unilateral, a tentativa de colocar entraves à importação do biocombustível brasileiro para o bloco europeu é uma decisão exclusivamente protecionista de mercado, que desconsidera os atributos do etanol, podendo impactar diretamente na tarifa do sistema integrado da União Europeia", destaca a Unica.

O anúncio não fará com que o as importações sejam restringidas pela União Europeia, mas serão exigidos dados de importação para monitoramento pelo bloco. Entre janeiro e agosto de 2023, a UE importou cerca de 304 mil m³ de etanol do Brasil, segundo a balança comercial do país.

"Entendemos que o Brasil está sendo penalizado por sua eficiência ao disponibilizar para o mundo uma energia limpa, renovável, produzida de forma sustentável em toda a sua cadeia de valor. E, mais do isso, que responde positivamente ao maior desafio ambiental do século 21 – a redução de emissões de gases de efeito estufa para a atmosfera", complementa a entidade ligada à indústria.

A Unica diz ainda na nota que está em contato com as autoridades da Comissão Europeia "para entender os contornos dessa medida e garantir que etanol não tenha sua competividade comprometida por uma política econômica contra a eficiência, a sustentabilidade e excelência de um produto do setor sucroenergético brasileiro".

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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4 comentários

  • Henrique Amorim Piracicaba

    Concordo com voce Henrique, importar menos , e a França diz que tem muita energia limpa, somente que importa energia de paizes vizinhos.E isso não conta.???

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  • Andre Luis Mariani

    Povo arrogante, não tem energia pra nada, com opção em carvão, gás uma dependência monstruosa da Rússia, álcool não produz uma gota e ficam querendo ser o baluarte da proteção do planeta, carro elétrico para rodar com eletricidade produzida de carvão, inclusive das matas que tem lá ( 3 a 4 % da área deles) Pensam que o mundo continua o mesmo otário de outrora !

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    • Henrique Afonso Schmitt blumenau - SC

      Muito simples. É só o governo brasileiro proibir importação de produtos que são fabricados com o uso de energia produzida com carvão.

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  • Merie Coradi Cuiaba - MT

    É o mesmo caminho da censura. Primeiro foi penalizado um desconhecido, não me importei, depois o vizinho, não me importei, agora sou eu, então acordei tarde. Começaram com a moratória do soja, depois do boi, do café, das carnes. agora do etanol. Europeus não tem limites, o limite da maldade deles é a nossa completa ruina. Só tem um jeito: boicote a importação de todos produtos da europa, vamos começar com veículos, maquinas pesadas, a China e India está de plantão para nos fornecer.

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    • jose carlos mancini Cambé - PR

      EU boicoto Renaut, Pegout, Atacadao, Carrefour...alias ate perfume frances nao uso mais. Vou de Boticário mesmo. E todos deveriam fazer o mesmo. Vinho temos bons...ou chilenos...na verdade europeus estao vendo que nos somos auto suficientes em tudo...

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  • Gracieli Tassotti Sorriso - MT

    Tal do Europeu se acha… não tem, não faz e manda fazer … e os países obedecem de se tem líder fraco … comida e combustível ninguém vive sem … o dia que nossos líderes entenderem isso … não seremos mais dominados …

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