Açúcar recua tecnicamente de máximas de 2 meses nesta 3ª em NY, mas salta forte em Londres
O mercado futuro do açúcar encerrou a sessão desta terça-feira (29) com queda leve na Bolsa de Nova York com ajustes técnicos, mas subiu forte em Londres. O suporte no mercado ainda vem das notícias de que a Índia deverá proibir as usinas de exportar na próxima temporada.
As oscilações do financeiro também são acompanhadas pelos operadores de mercado.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York registrou queda de 0,47% no dia, cotado a 25,45 cents/lb, com máxima em 25,68 cents/lb e mínima de 25,22 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato saltou 2,18% no dia, negociado a US$ 724,90 a tonelada.
Depois de máximas de cerca de dois meses, o açúcar na Bolsa de Nova York passou a cair nesta terça-feira com um movimento técnico de realização de lucros. O mercado disparou nos últimos dias com atenção para as informações da Índia, segunda maior exportadora global.
A safra 2023/24 da Índia começa em outubro e a falta de chuvas de monções deve impactar a produção.
"Os revendedores disseram que as preocupações com a falta de chuvas nos principais produtores, Índia e Tailândia, continuam a sustentar os preços", reportou a agência Reuters. Esse é um fator que foi repercutido com força em Londres na retomada de negócios.
No financeiro, o mercado do açúcar também encontrou suporte na valorização de mais de 1% do petróleo, que impacta diretamente na decisão de produção das usinas. Além disso, o dólar tinha leve queda sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações e elevar os preços.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar voltaram a subir nas principais praças de comercialização do país. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 140,14 a saca de 50 kg e alta de 3,49%.
"O movimento de reação nos valores se deve à postura firme das usinas com relação aos preços ofertados na pronta-entrega, em meio à boa evolução da safra 2023/24. Ressalta-se que, mesmo com a elevação nas cotações, cálculos do Cepea mostram que os valores domésticos do cristal continuam remunerando menos que as exportações", destacou em nota o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 144,59 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 26,25 c/lb com valorização de 3,03%.
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