Açúcar dispara 4% nesta 2ª e fecha próximo da máxima, acima de 25 cents /lb
Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira (24) com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado segue com suporte das preocupações com a oferta global, principalmente por conta da Índia e clima no brasil, além do financeiro.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 4,03%, cotado a 25,32 cents/lb, com máxima em 25,43 cents/lb e mínima de 24,06 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve alta de 2,03% no dia, a US$ 690,10 a tonelada.
O mercado norte-americano voltou a trabalhar próximo das máximas de 11 anos na sessão desta segunda-feira. As preocupações relacionadas com a oferta global do adoçante seguem sendo um importante fator de suporte ao açúcar nas bolsas externas.A safra 2022/23 da Índia tem sido impactada pelo clima adverso, além de ter boa parte destinada para a produção de etanol neste ciclo.
Uma importante entidade comercial indiana disse nesta terça-feira que as usinas no país produziram, até o momento, 31,1 milhões de toneladas de açúcar desde o início da atual temporada em 1º de outubro, uma queda anual de 5,4%.
Mesmo assim, a Reuters informou que uma delegação indiana visitará a Rússia entre os dias 24 a 27 de abril. O objetivo é expandir as exportações agrícolas indianas para a Rússia - incluindo açúcar e café - para US$ 5 bilhões este ano.
O mercado externo também passou a ter atenção maior para a colheita do Brasil, que teve início neste mês de abril, mas que pode ser atingida por chuvas. As expectativas são muito positivas para a moagem no novo ciclo, mas qualquer possível impacto está no radar.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta segunda-feira, Mário Campos, presidente da SIAMIG (Associação das Indústrias Sucroenergéticas de MG) destacou que esta temporada pode ser um pouco mais úmida do que as últimas, mas o otimismo prevalece.
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O financeiro também contribuiu para a alta do açúcar nesta terça-feira, com valorização de mais de 1% do petróleo, além de desvalorização do dólar sobre o real.
"O açúcar em Nova York subiu nesta segunda-feira com cobertura de posições vendidas antes do vencimento desta sexta-feira do contrato de açúcar de maio", acrescentou o Barchart
MERCADO INTERNO
A liquidez segue devagar no mercado físico. Os preços do adoçante, inclusive, têm tido picos de alta mesmo com o início da moagem. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi negociado a R$ 142,05 saca de 50 kg - estável.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 153,92 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 26,63 c/lb e desvalorização de 1,62%.
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