Açúcar em NY renova máximas de 6 anos na sessão desta 2ª com disparada do petróleo e safra da Índia
Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira (03) com alta moderada nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado teve suporte no dia da valorização de mais de 6% do petróleo, além dos temores que seguem com a safra indiana.
O principal contrato do açúcar do tipo bruto na Bolsa de Nova York teve valorização no dia de 0,67%, cotado a 22,40 cents/lb. Já em Londres, a alta no contrato mais negociado do branco foi de 0,49%, a US$ 633,40 a tonelada.
O mercado do açúcar iniciou esta semana renovando os ganhos dos últimos dias. O açúcar do tipo branco, por exemplo, chegou a testar máximas de 10 anos na última semana, enquanto o bruto foi em picos de 6 anos. A principal atenção é para a safra da Índia.
Maharashtra, principal estado produtor indiano, deverá produzir menos adoçante nesta temporada do que o estimado antes, de acordo com reporte na última semana da agência de notícias Reuters. Além disso, o país asiático deve desviar parte da cana ao etanol.
Além disso, também há preocupações relacionadas com a safra da Tailândia e da União Europeia também. A Europa está extremamente preocupada com os altos preços do açúcar e seu impacto sobre a inflação. Países europeus já cortaram impostos sobre itens essenciais, mas a situação está no radar.
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Por outro lado, o Centro-Sul do Brasil segue boas expectativas para a temporada 2023/24 com moagem esperada de cana de quase 600 milhões de toneladas. Outro fator de alta para o açúcar foi a ação do governo brasileiro na última quarta-feira para mudar a forma como taxa os biocombustíveis.
O dia também foi marcado de suporte importante do petróleo, que chegou a ter altas próximas dos 6% no dia com cortes de produção por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+), o que impacta na decisão das usinas.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar no mercado brasileiro continuam ao redor de R$ 130 a saca. Nos próximos dias, a safra do Centro-Sul deve exercer pressão às cotações. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi negociado a R$ 134,59 a saca de 50 kg e valorização de 1,52%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 146,70 a saca e valorização de 1,38%, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 23,94 c/lb e valorização de 1,28%.
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