Açúcar: Alta do petróleo dá suporte para NY nesta 6ª, mas acumulado semanal fica negativo

Publicado em 10/02/2023 17:00
Informações sobre o bom desenvolvimento da safra 2023/24 do Centro-Sul do Brasil é um dos fatores baixistas

Logotipo Notícias Agrícolas

As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira (10) com alta leve na Bolsa de Nova York, mas leve recuo em Londres. A disparada de mais de 2% do petróleo deu suporte ao mercado, mas não conseguiu impedir um acumulado negativo nos últimos dias.

Na semana, o principal vencimento do adoçante no terminal norte-americano perdeu 3%.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu no dia 0,15%, cotado a 20,04 cents/lb, com máxima em 20,28 cents/lb e mínima de 19,85 cents/lb. Na Bolsa de Londres, o primeiro contrato do adoçante teve baixa de 0,26%, a US$ 566,90 a tonelada.

O mercado do açúcar oscilou dos dois lados da tabela durante o dia. O principal fator de suporte no dia veio do petróleo, que subia mais de 2% nesta tarde de sexta-feira no exterior. As oscilações do óleo impactam na decisão das usinas do Brasil por produção açúcar ou etanol.

O biocombustível compete com a gasolina no país, que é um derivado fóssil.

Ainda no financeiro, a desvalorização de mais de 1% do dólar sobre o real também contribuiu para a valorização. Uma moeda estrangeira desvalorizada tende a desencorajar as exportações das commodities e dá suporte aos preços externos nas bolsas.

Nos fundamentos, a semana também foi dividida por informações dos dois lados da tabela.

A safra da Índia, segunda maior exportadora de açúcar no mundo, tem sofrido com as intempéries climáticas e a oferta do adoçante a nível global deve ser impactada e dá suporte. Diante desse cenário, o país asiático não deve renovar as cotas de exportação.

Ainda da Ásia, a Reuters informou nesta sexta-feira que a Tailândia pode elevar para 9 milhões de toneladas de açúcar suas exportações no ano-safra 2022/23, um aumento de 17% em relação ao período anterior.

Leia mais:

+ Tailândia prevê elevar exportação de açúcar para 9 mi t em 2022/23, diz governo

Por outro lado, as expectativas são positivas com a safra 2023/24 do Centro-Sul, a principal região produtora do Brasil, o que contribui para uma pressão no mercado do adoçante. Chuvas volumosas têm sido registradas na região produtora nos últimos dias.

Na safra atual, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) divulgou que o acumulado de produção de açúcar desde o início da safra 2022/2023 totalizou 33,50 milhões de toneladas, contra 32,06 milhões de toneladas do ciclo anterior (+4,49%).

Leia mais:

+ UNICA: Moagem atinge 542,39 milhões de toneladas de cana e produção total avança 3,8%

MERCADO INTERNO

Característica de entressafra, os preços do açúcar no mercado spot tem avançado no país. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, negociado a R$ 132,12 a saca de 50 kg e alta de 0,87%.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 144 a saca – estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 22,69 c/lb e alta de 1,16%.

» Clique e veja as cotações completas de sucroenergético

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário