Com fundo de US$ 50 milhões, The Yield Lab Latam mira parcerias e amplia atuação em 2023
Esse início de ano é promissor para a The Yield Lab Latam (YLL), gestora de fundos de investimento de risco pioneira no agronegócio, especializada em tecnologia para agricultura, presente no Brasil, Argentina, Chile, Peru e, a partir deste ano, também no México e na Colômbia. A presença física nesses cinco países da América Latina é estratégica para ampliar as parcerias e captar mais investimentos para o seu terceiro fundo, desta vez de US$ 50 milhões, para trazer novas agtechs ao mercado.
A The Yield Lab Latam investe em startups em estágio inicial de alto potencial na América Latina e, até hoje, foi responsável por trazer ao mercado empresas como Seedz, Terramagna e @Tech, bem conhecidas do agro brasileiro.
Com visibilidade global, a empresa atua, além da América Latina, na América do Norte, Europa e Ásia-Pacífico, e é justamente essa atuação global que tem somado forças à The Yield Lab Latam para que, por meio dos investidores e novos parceiros, consiga investir em novas startups, principalmente nas fases seed e série A. “Nosso setor é resistente à recessão, já que o mundo precisa se alimentar e se vestir. Então a crise não nos atinge, principalmente porque a fase em que investimos é early stage, ou seja, em estágio inicial, com investimentos pequenos. A nossa procura é por valor, para multiplicarmos esse valor”, afirma Kieran Gartlan, sócio da The Yield Latam para o Brasil.
Inauguração de escritório no México
A partir de março de 2023, a YLL inaugura suas operações no México, que serão lideradas por Emilie Abrams, que já coordena a The Yield Lab Europe e vai contribuir com a visão global da unidade Latam da empresa. Emilie soma experiências em empresas como Endeavor e Dalberg, e é fundadora da Agtech Mx, uma rede de empreendedores e formuladores de políticas que promovem a adoção de tecnologia na agricultura mexicana.
A chegada de Emilie marca uma fase importante da The Yield Lab Latam e em sua relação direta com produtores rurais e empresas de alimentos, já que a profissional também conduziu uma análise de viabilidade para a The Nature Conservancy em um mecanismo de financiamento para catalisar transições agrícolas regenerativas em seis diferentes paisagens alimentares globalmente, e apoiou a equipe da Fundação Bill e Melinda Gates em uma estratégia atualizada de serviços financeiros digitais para inclusão financeira no continente africano.
Investimentos na Colômbia
A YLL também intensificará os investimentos na Colômbia por meio da Sioma, considerada uma das 13 startups mais inovadoras daquele país. Com as novas operações, que terão lançamento oficial agora 2023, a empresa espera ampliar ainda mais os resultados.
Aproximação com a Europa
Em novembro de 2022, um grande evento em Buenos Aires marcou os resultados obtidos pela empresa ao longo do ano e as estratégicas para 2023. O encontro, de uma semana, recebeu investidores argentinos, além da equipe da The Yield Lab Europe. O objetivo para este novo ano é que as duas regiões – América Latina e Europa – atuem com ainda mais força, consolidando a empresa como parte de um ecossistema de inovação mundial.
“Acreditamos que os nossos investidores são agentes de mudança. Eles atuam no agro como produtores, corporações e fornecedores agrícolas e de alimentos comprometidos com o futuro sustentável do setor. Juntos, proporcionamos a eles visibilidade estratégica para construir o roteiro de inovação e articular uma ampla e profunda rede, que gera soluções de escala regional e global para os desafios do negócio”, afirma Gartlan.
Visita aos Estados Unidos
Em visita a Saint Louis, no estado de Missouri, nos Estados Unidos, um grupo formado por 12 especialistas em venture capital do Brasil e de outros países da América Latina visitou, em outubro de 2022, empresas, agtechs, universidades e outros agentes do ecossistema mundial de inovação.
“O objetivo foi proporcionar aos nossos parceiros visibilidade estratégica e networking em escala global no sentido de firmar relações entre o Meio-Oeste dos EUA e a América Latina, que são os maiores players mundiais em produção de alimentos, nos segmentos de inovação e tecnologia para o agronegócio”, completa Gartlan.
Evento internacional no Brasil
O ano de 2023 marcará a realização de um grande evento internacional no Brasil, o World AgriTech Summit Latam, previsto para acontecer no mês de junho. Em 2022, um encontro semelhante recebeu público da Argentina, México, Chile, Peru, Colômbia e de outros países da América Latina e tratou de temas como investimentos estrangeiros em startups do Brasil e o futuro das Agrifoodtechs.
Mesmo em um cenário de pandemia e crise financeira global, o mercado das startups cresce a passos largos. Segundo especialistas, o mundo segue hoje uma agenda verde que requer das empresas soluções inovadoras, sustentáveis e escalabilidade. “A grande busca hoje é por eficiência. O Brasil sempre teve abundância de tudo, mão-de-obra, terra, água. Hoje o mundo busca a eficiência no uso desses recursos naturais e a tecnologia vem para trazer isso. Tudo tem impacto, mas se você atua de forma mais eficiente, seu impacto será mais positivo”, finaliza Gartlan.
Parcerias com grandes empresas
A The Yield Lab Latam está sempre atenta a novas oportunidades. Em 2022, firmou uma parceria com a Damha Agronegócios, que há mais de duas décadas opera com agricultura irrigada, para lançar o "Programa de Inovação Aberta", que vai aproximar 17 startups com soluções inovadoras e eficientes para o campo através do digital à Damha Agro. O modelo de negócios baseia-se em venture capital e abrange 17 agrifoodtechs do portfólio.
Collaborative Fund
A YLL e o AgTech Garage são parceiros institucionais e mantêm juntos o Collaborative Fund, que abre as portas para empresas da comunidade do hub co-investirem em startups. A parceria visa atrair parceiros do hub para investirem em ag&food techs de estágio inicial. Entre os critérios para selecionar as investidas, estão a multidisciplinaridade dos times e o potencial de ganho de escala das soluções. O fundo é aberto a rodadas de co-investimento com outros Venture Capitals, inclusive corporativos, os chamados CVC.
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