Açúcar fecha semana com queda de mais de 4% na Bolsa de Nova York
As cotações futuras do açúcar encerraram esta sexta-feira (20) com alta leve na Bolsa de Nova York e recuo em Londres. A pressão acompanha as informações das origens produtoras, Brasil e Índia, e o mercado financeiro segue monitorado.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 0,20%, cotado a 19,72 cents/lb, com máxima testada em 19,82 cents/lb e mínima de 19,50 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve baixa de 0,02%, a US$ 546,40 a tonelada.
Na semana, o principal vencimento do açúcar no terminal norte-americano caiu mais de 4%.
As informações da safra indiana repercutem no mercado do açúcar. Dados apontam exportação acelerada pelo país, o que poderia ser um indicativo de alta produção. Porém, fontes afirmam que o governo pode não ampliar as cotações de embarques que estão no limite.
"A produção de cana-de-açúcar foi muito menor do que no ano passado. A produção não é suficiente para permitir exportações adicionais", disse para a agência de notícias Reuters um funcionário com conhecimento do assunto que pediu para não ser identificado.
O país asiático deve produzir 34,3 milhões de toneladas de açúcar em 2022/23, uma queda de 4% em relação à previsão anterior, em meio clima adverso.
Além disso, as expectativas são positivas com a safra 2023/24 do Centro-Sul do Brasil, que começará a ser colhida em abril. deste ano. Chuvas volumosas têm sido registradas nos últimos dias sobre a maior parte do país, o que tende a ser benéfico aos canaviais.
"Em boa parte do estado de São Paulo, nos primeiros quinze dias de janeiro, as chuvas já atingiram o volume do mês inteiro. E isso vem favorecendo as lavouras de cana, porque esse volume de chuva está muito bom. Só tem um porém, a nebulosidade está bastante alta também [o que impacta na fotossíntese da planta e pode limitar o crescimento]", afirma Fabio Marin, coordenador do sistema TEMPOCAMPO.
No financeiro, o dólar tinha alta sobre o real, o que tende a encorajar as exportações das commodities, mas pesa sobre os preços externos das commodities, e o petróleo subia mais de 1% nesta tarde.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar no Brasil têm recuado pelo país mesmo no período de entressafra. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, negociado a R$ 134,73 a saca de 50 kg e queda de 1,01%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 149,75 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,84 c/lb e baixa de 1,91%.
0 comentário
Açúcar cai mais de 1% em NY pressionado por previsão de menor déficit global em 2024/25
Açúcar amplia queda em NY e Londres e cotações trabalham próximas às mínimas deste mês
Açúcar abre novamente em queda e já devolve ganhos acentuados do início da semana
Açúcar em NY tem 4ª de baixas de até 2%, sentindo pressão do dólar
OIA reduz previsão de déficit global de açúcar para 2024/25
Açúcar fecha com baixas em NY mas contrato março/25 mantém suporte dos 22 cents/lbp