Açúcar: NY acumula alta de quase 3% na semana com influência maior do financeiro

Publicado em 13/01/2023 16:35
Petróleo disparou na semana e dólar registrou queda sobre o real; dados da Unica também foram destaque

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As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira (13) com alta nas bolsas de Nova York e Londres, contribuindo para um acumulado positivo. O suporte semanal veio do financeiro, com valorização do petróleo, além das oscilações cambiais.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 0,71% no dia, cotado a 19,73 cents/lb, com máxima de 19,81 cents/lb e mínima de 19,46 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve queda de 1,48%, a US$ 547,30 a tonelada.

Na semana, o principal vencimento do adoçante no terminal norte-americano subiu 2,92%.

A semana no mercado do açúcar foi marcado por suporte importante do financeiro. Nesta sexta-feira, por exemplo, o petróleo subia mais de 1% nas bolsas externas com sinais de crescimento na demanda chinesa, maior importadora do óleo no mundo.

Além disso, há expectativas de aumentos menos agressivos nas taxas de juros nos EUA.

"Os preços mais altos do petróleo beneficiam o etanol e podem levar as usinas de açúcar do Brasil a direcionar mais a moagem de cana para a produção de etanol em vez de açúcar, reduzindo assim a oferta", destacou o site internacional Barchart.

Apesar disso, há atenção para as questões envolvendo a isenção dos combustíveis no Brasil, o que tende a favorecer a gasolina sobre o biocombustível. As oscilações do câmbio também foram um fator de suporte no acumulado positivo expressivo da semana.

Um dólar mais valorizado tende a encorajar as exportações, mas pesa sobre as commodities.

Nos fundamentos, porém, a semana foi de pressão acompanhando os dados positivos da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) sobre a safra 2022/23 do Centro-Sul do país, além das condições climáticas favoráveis para 2023/24.

No acumulado desde o início da safra 2022/23, a fabricação do adoçante totaliza 33,46 milhões de toneladas, contra 32,06 milhões de toneladas do ciclo anterior (+4,37%). A produção de açúcar na segunda metade de dezembro totalizou 165 mil toneladas.

MERCADO INTERNO

Depois se aproximar de 140 a saca nos últimos dias em meio escassez da oferta, os preços do açúcar têm caído. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, negociado a R$ 134,94 a saca de 50 kg com queda de 0,21%.

"Os preços da saca do cristal não se sustentaram devido à baixa demanda, uma vez que alguns compradores costumam estar de recesso no início do ano. Por esta razão, a liquidez captada pelos pesquisadores do Cepea nos últimos dias foi baixa", disse o Cepea.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 151,15 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 21,01 c/lb com desvalorização de 0,30%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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