Açúcar cai mais de 1% nesta 3ª e volta a ficar abaixo de 20 cents/lb em NY
Os contratos futuros do açúcar encerraram esta terça-feira (03) com queda de mais de 1% nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado do adoçante sentiu pressão forte do financeiro, além das informações sobre o Brasil e Índia nos últimos dias.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 1,70% no dia, cotado a 19,70 cents/lb, com máxima de 20,02 cents/lb e mínima de 19,64 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve perdas de 1,24%, a US$ 547,50 a tonelada.
Os preços do açúcar na bolsa de Nova York, inclusive, perderam o patamar de 20 cents/lb no dia. Desde as primeiras horas da manhã desta primeira sessão de 2023, os preços recuam depois de um 2022 positivo aos futuros pelo quarto ano consecutivo.
A pressão maior, porém, veio do financeiro. O petróleo caía cerca de 3% nas bolsas externas nesta terça-feira com repercussão de dados fracos de demanda da China e uma perspectiva econômica sombria pesando sobre as cotações.
A queda do óleo impacta em todos os produtos relacionados ao setor de energia. No Brasil, as usinas têm a opção de produção do açúcar ou etanol.
Além disso, o dólar subia mais de 1% sobre o real, o que também tende a ser um fator de pressão ao açúcar. "Um real fraco estimula a venda, porque torna o adoçante cotado em dólar mais valioso em termos de moeda local", destacou a agência Reuters.
Nos fundamentos, também repercutem sobre os preços externos do açúcar dados sobre as principais origens produtoras do adoçante: Brasil e Índia.
No Brasil, as expectativas são amplas com a safra atual e a próxima. Além disso, há atenção dos operadores para a recente decisão do governo de manter por mais 60 dias a isenção dos impostos federais sobre a gasolina e o etanol.
"A gasolina geralmente é tributada mais pesadamente do que o etanol no Brasil, portanto, congelar o imposto sobre o combustível diminui a vantagem de preço do etanol nas bombas", informou a Reuters.
As usinas da Índia produziram no acumulada da safra atual, entre os meses de outubro e dezembro, 12,07 milhões de toneladas de açúcar, o que representa uma alta de 3,7% ante o mesmo período do ano anterior, e amplia a oferta.
Leia mais:
+ Produção de açúcar da Índia aumenta 3,7% de outubro a dezembro
MERCADO INTERNO
O mercado do açúcar no Brasil retoma as negociações em 2023 sem muitas mudanças. Com a safra praticamente finalizada, poucos negócios ainda ocorrem. A safra 2023/24 começa em abril deste ano.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, caiu 0,13%, negociado a R$ 136,51 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 140,17 a saca e alta de 1,91%, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 21,48 c/lb - estável.
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