Açúcar vira e salta nesta 4ª em NY e Londres com chuvas no BR impactando colheita
As cotações futuras do açúcar viraram no final da sessão desta quarta-feira, ficando com altas leves, nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado teve suporte das chuvas impactando a colheita do Centro-Sul do Brasil e câmbio.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 0,46% no dia, cotado a 19,48 cents/lb, com máxima de 19,54 cents/lb e mínima de 19,27 cents/lb. Já no terminal de Londres, o primeiro contrato teve alta de 0,41%, a US$ 537,10 a tonelada.
O dia foi de ampla oscilação nas bolsas externas. A alta, porém, prevaleceu nos terminais externos. As chuvas têm impactado a colheita e moagem de cana-de-açúcar da safra 2022/23 do Centro-Sul do Brasil.
"A maioria das usinas na principal região canavieira do Brasil está encerrando a moagem de cana para a temporada, deixando milhões de toneladas nos campos para serem colhidas no próximo ano, já que as chuvas tornam as operações de colheita difíceis e ineficientes", disse a Reuters.
Além disso, os preços também tiveram suporte do câmbio. O dólar registrou queda de mais de 1% ante o real, o que tende a desencorajar as exportações das commodities, mas dá suporte aos preços externos. Por outro lado, o petróleo caía mais de 2% nesta tarde.
Como fator positivo, segue atenção para as informações que partem das principais origens e a demanda aquecida.
A Índia, segundo maior exportador mundial de açúcar, pode ter apenas 1 milhão de toneladas de açúcar a ser exportado dentro da sua cota, e sente reflexos do clima na sua colheita, assim como a Tailândia.
No Brasil, as exportações de açúcar totalizaram 4,07 milhões de toneladas no último mês de novembro, 53% a mais do que no mesmo mês do ano passado, e o maior volume embarcado em todo o ano, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
A Reuters também destacou no dia a atenção para o cenário de combustíveis. "Preços mais baixos da gasolina no Brasil, no entanto, ajudaram a limitar os ganhos, potencializando o uso da cana para produzir açúcar em vez do biocombustível etanol", destacou.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar no spot se aproximam de R$ 140 a saca no Brasil. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve alta de 0,17%, negociado a R$ 139,00 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 135,48 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,77 c/lb e queda de 0,80%.
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