Com suporte do financeiro, açúcar se recupera nesta 4ª da baixa de 2 semanas e meia

Os futuros do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (30) com alta nas bolsas de Nova York e Londres em recuperação, após mínimas de duas semanas e meia. O suporte veio do financeiro, além de informações dos principais exportadores e o saldo global.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 0,51% no dia, cotado a 19,63 cents/lb, com máxima de 19,94 cents/lb e mínima de 19,49 cents/lb. Já no terminal de Londres, o primeiro contrato teve alta de 1,03%, a US$ 539,20 a tonelada.

Depois de queda nos últimos dias, o mercado do açúcar nas bolsas externas do adoçante reage nesta quarta com suporte maior do financeiro. O dólar tinha forte queda sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações das commodities agrícolas.

Além disso, o petróleo avançava mais de 3% nesta tarde, também dando suporte ao adoçante, com sinais de oferta mais restrita, dólar fraco e otimismo com a recuperação da demanda chinesa.

Além disso, há algum suporte técnico. "O contrato encontrou forte suporte gráfico no piso de 19 centavos depois de se manter acima desse nível em cada uma das duas últimas sessões", apontou a agência de notícias Reuters com base no relato de traders.

Nos fundamentos, também segue atenção para a informação de que a consultoria StoneX passou a ver que o comercial 2021/22 (outubro/setembro) deve ser marcada por déficit de 1,2 milhão de toneladas, ante previsão de superávit leve anterior.

"A correção realizada veio diretamente do impacto da região centro-sul na produção de açúcar, uma vez que os demais players já haviam finalizado suas safras ou acabaram fechando dentro das estimativas da StoneX", disse a consultoria de mercado.

Apesar disso, para 2022/23, é previsto um superávit.

Por outro lado, a temporada 2023/24 de cana-de-açúcar no Centro-Sul do país foi atualizada para cima. A StoneX projeta moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul no próximo ciclo em587,6 milhões de toneladas. Isso é mais de 4 milhões de toneladas acima da estimativa anterior.

MERCADO INTERNO

A safra 2022/23 em finalização no Centro-Sul do Brasil tem dado sucessivos suportes aos preços no spot. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve queda de 0,31%, negociado a R$ 135,58 a saca de 50 kg.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 135,48 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,92 c/lb e queda de 0,99%.

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