Açúcar: Financeiro dá suporte às bolsas nesta 6ª e NY fica acima de 19,50 cents/lb

Publicado em 11/11/2022 16:22
Nos fundamentos, expectativas são positivas para o próximo ciclo de produção do Centro-Sul do BR e da Índia

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As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira (11) com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres, dando suporte para ganhos semanais também positivos. O suporte no dia veio do financeiro, com disparada do petróleo e recuo do dólar sobre real.

Apesar disso, nos fundamentos, segue atenção para as informações positivas das principais origens.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 1,18% no dia, cotado a 19,64 cents/lb, com máxima de 19,85 cents/lb e mínima de 19,44 cents/lb. Já no terminal de Londres, o primeiro contrato teve valorização de 1,56%, a US$ 538,70 a tonelada.

Na semana, o principal vencimento no terminal norte-americano acumulou alta de mais de 5%.

Os preços do petróleo avançavam forte durante toda esta sexta depois que autoridades de saúde da China, maior país importador global de petróleo, aliviaram algumas das pesadas restrições à Covid-19 no país, o que tende a dar algum gás para a demanda.

O petróleo impacta diretamente todos os produtos de energia. E, no Brasil, as usinas têm a opção de produção do açúcar ou etanol. Além disso, o dólar operava em queda sobre o real no dia, o que tende a desencorajar as exportações das commodities e dá suporte aos preços externos.

"Os comerciantes de petróleo estão aplaudindo as notícias. A chave para o mercado de petróleo é continuar observando de perto os desenvolvimentos disso e de outras mudanças positivas marginais na postura Covid-zero do governo", disse à Reuters Stephen Innes, sócio-gerente da SPI Asset Management.

Já nos fundamentos, as principais informações dão conta de uma pressão relacionada ao mercado. A colheita da safra atual no Centro-Sul do Brasil tem sentido impacto das chuvas nos últimos dias, mas apesar disso há perspectiva de cenário favorável para a próxima temporada.

A Raízen, por exemplo, acredita em elevação da sua moagem no ciclo 2023/24 em cerca de 8%, para 80 milhões de toneladas, após investimentos ao longo dos últimos três anos, de acordo com a Reuters. No segundo trimestre da safra atual, a companhia processou 33 milhões de t.

“Vamos encerrar um pouco mais tarde (a moagem em 2022/23). Na verdade foi um deslocamento no tempo, então o volume que iria para um ano-safra vai passar para o outro”, disse Moura, em uma entrevista à agência por videoconferência.

A Índia também deve ter uma nova safra positiva. Recentemente, o país anunciou sua nova cota exportação e as vendas já estão bastante aquecidas.

MERCADO INTERNO

Os preços do açúcar seguem acompanhando uma escassez de oferta e atenção para a demanda. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve valorização de 0,35%, a R$ 129,50 a saca de 50 kg.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 138,55 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 21,16 c/lb e alta de 1,15%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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