Açúcar recua nas bolsas de NY e Londres com pressão do financeiro nesta 2ª

Publicado em 07/11/2022 15:26
Mercado do adoçante também repercutiu no dia a aprovação de cota de exportação da Índia em 22/23

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As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira (07) com queda nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado do adoçante teve pressão do financeiro no dia, principalmente o câmbio, já que o petróleo virou. As informações da Índia também eram monitoradas.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York fechou o dia com queda de 0,16%, cotado a 18,68 cents/lb, com máxima de 18,80 cents/lb e mínima de 18,41 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve desvalorização de 1,52%, a US$ 530,80 a tonelada.

O mercado do açúcar oscilou entre ganhos e perdas na sessão desta segunda-feira. Apesar disso, a baixa acabou sendo consolidada no final dos trabalhos para a maioria dos contratos nas bolsas. O dia foi de atenção para o financeiro, já que o petróleo teve perdas em parte do dia, apesar de ter virado, e o câmbio.

Nesta tarde, por exemplo, o dólar subia cerca de 1% sobre o real, o que tende a encorajar as exportações e pesa sobre os preços externos das commodities.

Nos fundamentos, também há pressão relacionada com as principais origens produtoras do adoçante diante de expectativa positiva com a safra indiana que começou em outubro e a brasileira. Apesar de chuvas impactando a moagem da safra atual no Centro-Sul do Brasil, o próximo ciclo tende a ser beneficiado.

O mercado do adoçante também monitora neste início de semana a informação de que a Índia aprovou neste último sábado (05) a cota de exportação de 6 milhões de toneladas de açúcar em 2022/23 (outubro-setembro). O país asiático deve ter uma nova safra positiva neste novo ciclo.

"Os negociantes disseram que as notícias da Índia não estavam impactando os preços tanto quanto havia sido amplamente antecipado", destacou a agência de notícias Reuters.

A Safras & Mercado divulgou nesta segunda-feira sua projeção para a moagem de cana na safra 2023/24, para 565 milhões de toneladas, uma alta de mais de 3,5% ante o ciclo anterior. Com isso, a produção de açúcar do centro-sul deverá aumentar para 36 mi de t, 3 milhões acima do estimado para 2022/23.

MERCADO INTERNO

O patamar de R$ 130 a saca está próximo de ser retomado no mercado interno do açúcar. Segundo analistas, o suporte acompanha a demanda que está aquecida e as últimas quinzenas no Brasil que têm registrado impacto na moagem por conta das chuvas.

No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve alta de 0,23%, a R$ 129,13 a saca de 50 kg.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 138,55 a saca com desvalorização de 4,45%, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,22 c/lb e alta de 1,25%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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