Queda do petróleo e safra indiana pesam sobre açúcar nesta 3ª em NY e Londres
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (18) com queda moderada a expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O dia foi marcado por pressão do petróleo, além de dados positivos sobre a safra da Índia.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve queda de 0,53%, cotado a 18,67 cents/lb, com máxima de 18,77 cents/lb e mínima de 18,53 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato baixou 1,74% no dia, a US$ 547,30 a tonelada.
Os preços do petróleo operavam no vermelho nesta terça-feira, inclusive chegaram a cair mais de 3% nesta tarde, em meio temores com uma possível desaceleração econômica, com oferta maior, e à menor demanda chinesa por combustível.
A adesão da China à sua política de zero Covid continua a aumentar as incertezas sobre o crescimento econômico do país, disse à Reuters Tina Teng, analista da CMC Markets.
"Os preços mais fracos do petróleo impactam no etanol e podem levar as usinas de açúcar do Brasil a desviar mais da moagem de cana para a produção de açúcar em vez do biocombustível, aumentando assim a oferta de açúcar", disse o Barchart.
Além disso, pesa sobre os preços do adoçante a informação de que a Associação Indiana de Usinas de Açúcar prevê que a produção de açúcar da Índia em 2022/23 aumentará 2%, para 36,5 milhões de toneladas, com alta de 5% na área.
A Índia é o segundo maior exportador de açúcar do mundo.
Ainda de acordo com a entidade, o país terá um excesso de oferta suficiente para exportar 9 milhões de toneladas. Apesar disso, a Reuters acrescentou que um funcionário do governo disse que o país pode anuciar novas cotas de exportação.
Por outro lado, as chuvas dos últimos dias seguem impactando a colheita de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil, apesar de algum benefício aos canaviais da safra 2023/24, que começará a ser moída apenas em abril do ano que vem no país.
Se as precipitações continuarem ao longo deste mês, a FG/A acredita que a moagem, antes esperada em cerca de 550 milhões de toneladas no ciclo atual no Centro-Sul, pode até ser menor, e algum volume ficará para o próximo ciclo.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar voltaram a subir no mercado brasileiro com impacto das chuvas na moagem. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve alta de 0,82%, negociado a R$ 127,22 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 140,50 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,44 c/lb e desvalorização de 0,36%.
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