Maior liquidez não é suficiente e preços do etanol seguem em queda no mercado brasileiro
A demanda por etanol aumentou no Brasil nos últimos dias, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP), devido à queda de preços nas bombas – em alguns casos, os valores caíram mais acentuadamente do que os da gasolina comum.
Ainda assim, o cenário não é suficiente para elevar os preços neste momento da temporada devido à alta oferta atual.
Na semana entre os dias 5 a 9 de setembro, o índice semanal Cepea/Esalq para o etanol hidratado atingiu média de R$ 2,2275/litro em São Paulo, sem ICMS e PIS/Cofins, ficando 7,7% inferior ao da semana de 22 a 26 de agosto.
Para o etanol anidro, tipo que é misturado à gasolina, o índice Cepea/Esalq fechou em R$ 2,8186/litro, também sem impostos, ficando 3,1% menor, na mesma comparação.
Ainda assim, o volume de etanol hidratado comercializado na primeira quinzena de setembro foi ligeiramente superior ao do final de agosto, enquanto para o etanol anidro, a quantidade comercializada entre 5 e 9 de setembro foi a menor da safra 2022/23.
O Cepea destaca que o índice diário ESALQ/BM&FBovespa para o etanol hidratado entregue em Paulínia (SP) atingiu a média de R$ 2.375,20/metro cúbico na primeira quinzena do mês, uma forte queda de 18,8% em relação à primeira quinzena de agosto.
Os preços caíram nos estados de Goiás e Mato Grosso do Sul também.
EXPORTAÇÕES
Em todo o mês de agosto de 2022, o Brasil exportou 287,1 milhões de litros de etanol (hidratado e anidro), volume bem acima dos 196,3 milhões de litros em julho, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), ligada ao Ministério da Economia.
No período, a receita com os embarques totalizou US$ 226,4 milhões, um aumento de 228% em relação ao mesmo período do ano passado.
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