Cigarrinha-das-raízes, inseto cada vez mais perigoso para os canaviais
A presença de insetos sugadores, como a cigarrinha-das-raízes, tem aumentado nos canaviais, exigindo mais atenção dos agricultores brasileiros e causando prejuízos importantes. Prova disso é que, em 2022, as aplicações de defensivos contra essa praga aumentaram, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg).
A Mahanarva fimbriolata, nome científico desse inseto de apenas 12 milímetros, se alimenta da seiva presente nas raízes da cana-de-açúcar, o que prejudica a absorção de água e de nutrientes essenciais para a saúde da planta e – consequentemente – o bom desenvolvimento da cultura, historicamente uma das mais importantes do agronegócio no Brasil.
A alimentação da cigarrinha também pode gerar o apodrecimento e a morte das raízes da cana. Estimativas indicam que a praga tem potencial para perda de até 80% da plantação, caso não seja tratada adequadamente.
Com base nos dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que estimou em mais de 585 milhões de toneladas a produção nacional de cana na safra 2021/2022, o impacto financeiro da praga poderia chegar a R$ 48,6 bilhões – lembrando que o Valor Básico da Produção da Cana estimado para 2022 é de R$ 95 bilhões.
Esses números mostram a urgência do combate com eficácia à Mahanarva fimbriolata. Acetamiprido e bifentrina são moléculas desenvolvidas e com eficácia já comprovada pela ciência que têm contribuído para dizimar a cigarrinha-das-raízes. Juntas, elas representam a melhor estratégia de controle do inseto, com ação prolongada e proteção dos canaviais.
O acetamiprido, um neonicotinoide, está completando 50 anos de excelentes resultados no campo. Esse ingrediente ativo age diretamente sobre o sistema nervoso da cigarrinha, assim como a bifentrina. A associação dessas funções inseticidas potencializa o controle da praga, causando sua morte e minimizando os efeitos negativos na cana.
Essa união de princípios ativos paralisa os danos imediatamente. Com essa opção de manejo, é possível ampliar a produção de cana com segurança e sustentabilidade, beneficiando a produção de alimentos, como o açúcar, e o mercado de álcool, energia e biomassa, além da economia brasileira como um todo. É a ciência a serviço da produtividade no campo.
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