Petróleo sobe mais de 2% nesta 5ª e dá suporte para altas no açúcar em NY e Londres

Publicado em 11/08/2022 17:18
Nos fundamentos, negativamente aos preços, safra do Centro-Sul do Brasil acelerou na última quinzena

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As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta quinta-feira (11) com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado teve suporte do petróleo no financeiro, apesar de seguir atenção para os fundamentos baixistas.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve alta de 1,15%, cotado a 18,49 cents/lb, com máxima de 18,50 cents/lb e mínima de 18,18 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato saltou 0,98% no dia, a US$ 555,10 a tonelada.

O mercado do açúcar sentiu pressão da disparada do petróleo nesta quinta em meio melhores expectativas com a demanda pelo óleo. Apesar disso, o dólar subia forte sobre o real, o que tende a encorajar as exportações e pesa sobre as cotações.

"Os preços mais altos do petróleo bruto apóiam o etanol e podem incentivar os produtores do Brasil a moer mais cana-de-açúcar para o biocombustível do que açúcar, reduzindo assim a oferta de açúcar", destacou o Barchart no dia.

O clima também tem sido acompanhado pelos operadores, principalmente em origens da Europa. "A falta de chuva recente em várias regiões produtoras de açúcar em todo o mundo é favorável aos preços do açúcar", disse o Barchart.

A Maxar Technologies informou recentemente que as condições quentes e secas na França e na Alemanha ameaçam reduzir os rendimentos da beterraba sacarina. Já a cana-de-açúcar da Índia recebeu chuvas abaixo do normal em junho e julho.

Como fator de pressão, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) trouxe no dia que a produção de açúcar na segunda quinzena de julho totalizou 3,30 milhões de toneladas, um salto de 8,40% em relação ao mesmo período da safra passada.

A expectativa do mercado, inclusive, era abaixo do que o divulgado. Esperada em 3,25 milhões de toneladas, 6,7% a mais que no mesmo período do ano passado, segundo levantamento da S&P Global Commodity Insights divulgado na última semana.

MERCADO INTERNO

A safra do Centro-Sul do Brasil tem contribuído para queda nos preços do adoçante. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, caiu 0,15%, negociado a R$ 129,77 a saca de 50 kg.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 151,63 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,46 c/lb e alta de 1,63%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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