Clima na UE e China, além do financeiro dão suporte para açúcar em NY e Londres nesta 4ª

Publicado em 10/08/2022 17:02
Mercado não acompanhou com força reporte da Unica de produção maior do adoçante na 2ª quinzena de julho

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Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (10) com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. Com fatores dos fundamentos e também do financeiro, o mercado voltou a níveis do final de julho.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve alta de 1,67%, cotado a 18,28 cents/lb, com máxima de 18,40 cents/lb e mínima de 17,96 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato saltou 1,31% no dia, a US$ 549,70 a tonelada.

O mercado do adoçante voltou a se aproximar de 18,50 cents/lb nesta quarta-feira, apesar de até fixar no vermelho em parte da sessão, acompanhando informações dos fundamentos, como o clima na União Europeia e China, produtores secundários, e financeiro.

"Os meteorologistas estão esperando outra rodada de inundações nas regiões de cana-de-açúcar da China que provavelmente prejudicarão as colheitas (e, possivelmente, a infraestrutura)", destacou a agência de notícias Reuters.

O financeiro, porém, foi fator importante de suporte aos preços do açúcar. O petróleo subia mais de 1% nesta tarde com suporte de inflação abaixo do esperado nos Estados Unidos e estoques mais baixos de gasolina no país, uma importante sinalização da demanda.

"O índice dólar, que é um derivativo que precifica o dólar em relação outras moedas internacionais, e ele subiu pouco após divulgação da inflação dando espaço para que as commodities se desvalorizem", afirma Heitor Paiva, analista de Macroeconomia e Energia da hEDGEpoint Global Markets.

Como fator de pressão, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) trouxe no dia que a produção de açúcar na segunda quinzena de julho totalizou 3,30 milhões de toneladas, um salto de 8,40% em relação ao mesmo período da safra passada.

A expectativa do mercado, inclusive, era abaixo do que o divulgado. Esperada em 3,25 milhões de toneladas, 6,7% a mais que no mesmo período do ano passado, segundo levantamento da S&P Global Commodity Insights divulgado na última semana.

MERCADO INTERNO

Apesar de avanço da safra do Centro-Sul do Brasil, os preços têm tido repique nos últimos dias. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, subiu 0,32%, negociado a R$ 129,96 a saca de 50 kg.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 151,63 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,15 c/lb e alta de 0,11%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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