Atvos conta com primeira mulher do agronegócio a obter licença da ANAC para pilotar VANTs
A Atvos, segunda maior produtora de etanol do Brasil, passa a contar em sua equipe com a primeira mulher do agronegócio a ser certificada para operar Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs). Karoline Santos, 29 anos, obteve a certificação na categoria de voos BVLOS (Além da Linha Visada de Visual, na tradução do inglês) acima de 400 pés (cerca de 121 metros), por meio da XMobots, empresa especializada no desenvolvimento e fabricação de aeronaves pilotadas de forma remota. Aprovada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a pilota agora poderá atuar com mais agilidade no mapeamento de áreas cultivadas de cana-de-açúcar, já que os voos poderão ser realizados em altitudes maiores.
“O monitoramento digital é uma realidade em todo o setor e tornou-se uma ferramenta essencial para o planejamento agrícola. Por isso, integrar conhecimentos sobre novas tecnologias passa a ser uma rotina para quem atua na área”, enfatiza Karoline, que trabalha em Campinas (SP) e atuará como apoio remoto aos demais pilotos da empresa para assessorar as nove unidades agroindustriais da companhia, localizadas em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Karoline conquistou a certificação para pilotar VANTs por meio da XPilot, escola de pilotos de drones da XMobots. “Fico feliz por ter contado com o apoio da Atvos, da Xmobots e dos meus líderes que acompanharam minha trajetória e me incentivaram para me tornar a primeira mulher do agronegócio a operar esse tipo de equipamento. A habilitação me trouxe a confiança para poder contribuir com a gestão do projeto e poder conversar com os diferentes níveis, desde os pilotos até a alta gestão”, complementa a profissional. Para obter a habilitação, Karoline, que faz parte da equipe de geotecnologia agrícola da empresa, realizou provas teórica e prática que incluem estudo de conhecimentos técnicos sobre aviação, meteorologia, regulamentação e navegação aeronáutica, escopo semelhante ao aplicado a pilotos comerciais de aeronaves tripuladas, além das horas de voos necessárias para a certificação.
Desde a safra de 2018/2019, a Atvos utiliza Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA – Remotely Piloted Aircraft) para gerenciamento da qualidade em tempo real nas áreas de plantio. A tecnologia permite colher informações sobre falhas na linha de cana-de-açúcar, presença de ervas daninhas ou pragas, além de auxiliar no estudo de áreas não implantadas, como no caso de expansão da lavoura, divisas e conquista de novos terrenos.
“Com a modalidade BVLOS temos a possibilidade de monitorar áreas maiores em menos tempo, sem perder precisão. A área monitorada aumenta de 1,5 mil quilômetro para 2,6 mil quilômetros por dia, fundamental para sermos mais ágeis e assertivos nas tomadas de decisão, considerando os mais de 480 mil hectares de cana-de-açúcar plantados que temos atualmente”, destaca William Souza, diretor corporativo de Tecnologia Agrícola da Atvos.
O Brasil tem hoje cerca de 95 mil* drones cadastrados na ANAC, sendo que aproximadamente 42 mil são utilizados profissionalmente e 53 mil para uso recreativo.
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