Açúcar: Limitação de exportação da Índia e mix no BR fazem mercado disparar nesta 2ª feira

Publicado em 06/06/2022 15:22
Futuros adoçante no terminal londrino testaram máximas de mais de 5 anos durante o dia

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As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira (06) com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado teve suporte das origens: limitação das exportações indianas e decisão sobre o mix do Brasil.

O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 1,40%, cotado a 19,56 cents/lb, com máxima de 19,76 cents/lb e mínima de 19,45 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato saltou 2,75%, a US$ 594,00 a tonelada.

Durante esta segunda-feira, os preços do açúcar branco atingiram máximas de mais de cinco anos no terminal de Londres, segundo a agência Reuters, inclusive acima dos avanços do bruto. O principal motivo foi a limitação indiana de exportações.

O país definiu recentemente para a safra atual um limite de 10 milhões de toneladas a serem embarcadas e esse volume está próximo.

"Os primeiros indícios são de que o novo sistema (indiano) de aquisição de 'permissão para exportar' (açúcar) é lento e oneroso. Como consequência, achamos que as exportações podem não atingir os 10 milhões de toneladas permitidos", disse a corretora Marex Spectron.

Além disso, o mercado do adoçante também olha a maior disponibilização de cana-de-açúcar da safra 2022/23 do Centro-Sul para a fabricação de etanol ao invés do açúcar. Isso tende a reduzir a oferta do adoçante no mercado interno e para exportação.

"O Brasil provavelmente continuará favorecendo a produção de etanol sobre o açúcar no curto prazo, com os preços da energia permanecendo altos", destacou a agência de notícias Reuters nesta segunda-feira.

Por outro lado, o financeiro exercia alguma pressão ao mercado, limitando os ganhos recentes. O petróleo tinha leve queda nesta tarde, próximo ao fechamento do açúcar. Além disso, o dólar subia sobre o real, o que tende a encorajar as exportações.

MERCADO INTERNO

O avanço do processamento de cana no Centro-Sul do Brasil tem pressionado as cotações no mercado interno. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, caiu 0,82%, negociado a R$ 129,84 a saca de 50 kg.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 154,45 a saca com alta de 0,93%, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,41 c/lb e queda de 0,31%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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