Unem: Estímulo à importação de etanol enfraquece a indústria nacional e compromete a geração de emprego e renda no país

Publicado em 22/03/2022 11:34

A União Nacional do Etanol de Milho (Unem) manifesta extrema preocupação sobre a decisão do Governo Federal de zerar a alíquota para importação do etanol. A entidade acredita que a medida poderá gerar efeitos adversos e indesejados num momento de instabilidade do mercado, tais como a insegurança jurídica, aumento de custo para indústria nacional, inibição da geração de emprego e o processo de desinvestimento.

Neste período de grande valorização das commodities no mercado mundial e aumento de preços dos combustíveis fósseis, a Unem defende a valorização e o estímulo à produção de combustíveis provenientes de matriz energética limpa e renovável, que agrega valor à produção primária, gera empregos no campo e nas indústrias e arrecadação de impostos.

A Unem reconhece os esforços  do Governo Federal para a contenção da inflação dos preços dos combustíveis, mas defende o diálogo com todos os agentes da cadeia produtiva para encontrar soluções efetivas não somente para os produtores, mas para toda a população.

Vale lembrar que o setor de etanol passa por um momento de grandes expectativas, com o início de uma super safra de cana de açúcar e de milho de segunda safra, com uma crescente oferta de etanol no mercado  nacional a partir do segundo trimestre e volumes adicionais expressivos em relação à última safra.

Além disso, anúncios de investimentos em novas unidades produtoras e para expansão de usinas já em operação ultrapassam a casa dos R$ 6 bilhões.

A produção de etanol de milho saiu de uma produção de 37 milhões de litros na safra de 2013/2014 com projeção de  4,2  bilhões de litros na safra 2022/2023. A expectativa é atingir a produção de 10 bilhões de litros em 2030/2031.

Paralelamente, o setor contribui com o fornecimento de insumos para produção de proteína vermelha, aves, suínos e peixes e estimula o setor de reflorestamento para produção de biomassa.

Por fim, a entidade não vislumbra um efetivo resultado na medida proposta, defendendo a desoneração e o estímulo à produção nacional como ferramenta de aumento de oferta e consequente diminuição de preços ao consumidor.

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Fonte:
UNEM

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