Açúcar: Mais da metade da exportação da safra 22/23 do BR está fixada pelas usinas, aponta Archer
Mais da metade (52,5%) da projeção de exportação de açúcar na safra 2022/23 (abril-março), ou 13,4 milhões de toneladas, está com preços fixados pelas usinas do Brasil, segundo o 10º levantamento da Archer Consulting publicado nesta segunda-feira (24).
"Sempre é bom lembrar que o modelo estima a quantidade fixada. Logo, o percentual informado depende de quanto estamos estimando de exportação na safra 22/23. Se nossa estimativa do volume exportado cair, evidentemente que o percentual fixado sobe", destaca a Archer.
Em dezembro de 2020, o percentual fixado para a safra 2021/22 era de 69%.
Apenas em dezembro de 2021, foram fixadas pelas usinas 1,25 milhão de t do produto a um preço médio de R$ 2.493 por tonelada FOB Santos. A cotação média do real sobre o dólar ficou em R$ 5,6526 no mês, 1,7% maior do que no mês anterior.
No período, 1,68 milhão de contratos futuros do açúcar foram negociados na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), 32% menor do que a média dos últimos 12 meses. O tamanho de cada contrato é de 112 mil libras, ou 50,80 kg.
"Essa redução de quase 1/3 do volume negociado na bolsa é reflexo do grande volume fixado antecipadamente em 2020 diminuindo assim a atividade de hedge durante o ano de 2021. Isso, sem contar a desaceleração da economia global (devido a pandemia) e a menor necessidade de ajustes dos livros via spreads, que normalmente são responsáveis por 2/3 do volume total negociado na Bolsa", explica a Archer.
A posição de contratos em aberto na ICE está estagnada há quatro meses, segundo a Archer, sempre inferior a 900 mil contratos, refletindo a diminuição dos negócios do açúcar no físico.
Até o momento, o valor médio acumulado de fixação para a safra 2022/23 está em 16,55 c/lb, sem prêmio de polarização, ou com prêmio de polarização em R$ 2.143 por tonelada FOB Santos e R$ 0,9330 por libra-peso.
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