Açúcar recua nesta 4ª em NY e Londres com realização de lucros e financeiro
Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (29) com perdas moderadas nas bolsas de Nova York e Londres. O dia foi marcado por realização de lucros, além de atenção para o financeiro e o clima no Centro-Sul do Brasil.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,60%, cotado a US$ 19,72 c/lb, com máxima de 19,94 c/lb e mínima de 19,61 c/lb. No terminal de Londres, o tipo branco registrou baixa de 0,94%, a US$ 505,00 a tonelada.
A sessão desta quarta nas bolsas externas foi marcada por oscilações entre altas e baixas para os futuros do açúcar. No final do dia, a baixa nas cotações do adoçante deu o tom aos preços com realização de lucros e atenção ao financeiro.
O petróleo operava com perdas leves nas proximidades do fechamento da Bolsa de Nova York. O óleo mais baixo tende a impactar a competitividade do etanol, fazendo com que as usinas elevem a oferta de açúcar no cenário internacional.
Além disso, o dólar operava em alta sobre o real, o que tende a encorajar as exportações das commodities, mas pesa sobre os preços externos.
Nos fundamentos, a atenção do lado baixista para os preços do adoçante é focada para a perspectiva de melhora climática para o cinturão do Centro-Sul do Brasil com retorno das chuvas na chegada do mês de outubro, segundo meteorologistas.
"Nos próximos dias, chuvas vindas da região Norte devem atingir parte dos canaviais do Centro-Sul", destacou a consultoria Datagro em seu site. O foco do mercado já se volta para a safra 2022/23 do Centro-Sul.
Ainda de acordo com a consultoria, com base em dados da Agência Nacional de Águas (ANA), até agosto, todas as áreas de cana do país apresentavam condições de seca, com destaque negativo para a microrregião de Ribeirão Preto.
Já como fator de suporte, o mercado monitora as perdas em lavouras de cana e soja na Índia com fortes chuvas trazidas pelo ciclone Gulab, pouco antes da colheita. O mercado do açúcar espera a oferta da índia nas próximas semanas.
Maharashtra, o segundo maior produtor de soja, algodão e cana-de-açúcar do país e maior produtor de leguminosas semeadas no verão, recebeu 381% mais chuvas do que o normal na terça-feira, segundo a Reuters.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar cristal no mercado brasileiro continuam testando altas no país. Como referência, na véspera, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, saltou 0,50%, a R$ 144,44 a saca de 50 kg.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou estável, a R$ 135,14 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB cotado a US$ 19,78 c/lb e alta de 1,33%.
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