Citi estima déficit de quase 4 mi de t para 21/22 e açúcar dispara em NY e Londres
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (28) com altas moderadas a expressivas nas bolsas de Nova York e Londres. O dia foi de atenção para a safra global 2021/22 e ajustes de posições.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York saltou 0,81%, cotado a US$ 19,84 c/lb, com máxima de 19,91 c/lb e mínima de 19,45 c/lb. Em Londres, o tipo branco registrou alta de 1,47%, a US$ 509,80 a tonelada.
Depois de queda nos últimos dias, o mercado do açúcar avançou com ajuste de posições nesta terça e voltou a se aproximar do patamar de US$ 20 c/lb no principal vencimento no terminal norte-americano.
"A diferença do outubro para o março se manteve em torno de 0,90 centavos, indicando que havia pouco apetite para receber açúcar contra o vencimento do contrato", reportou a agência de notícias Reuters sobre o mercado.
Também há atenção para a safra global 2021/22. "O Citi disse que vê o mercado registrando um déficit de cerca de 3,7 milhões de toneladas na próxima temporada 2021/22 devido aos rebaixamentos de safra no Brasil", destacou a Reuters.
Além disso, na primeira metade de setembro, a produção de açúcar caiu 20,48%, a 2,55 milhões de toneladas. A produção quinzenal de hidratado alcançou 1,18 bilhão de litros nos quinze dias iniciais do mês, registrando queda de 25,08%.
A queda na produção, inclusive, veio acima das expectativas de mercado, que apontavam uma queda média de 16,7% no ano, totalizando 2,671 milhões de t.
No financeiro, por outro lado, o dia é marcado por desvalorização nos futuros do petróleo e alta do dólar sobre o real, o que tende a encorajar as exportações, mas pesa sobre os preços externos das commodities.
MERCADO INTERNO
O preço do açúcar cristal no mercado físico segue quebrando recordes, atingindo a casa dos R$ 145,00 a saca de 50 kg, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).
"Compradores consultados pelo Cepea indicam que está cada vez mais difícil encontrar açúcar cristal disponível no mercado à vista", destacou o centro em nota.
Como referência, na véspera, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, saltou 1,42%, a R$ 143,72 a saca de 50 kg.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou estável, a R$ 135,14 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB cotado a US$ 19,52 c/lb e queda de 1,94%.
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