Em realização de lucros e com peso do petróleo, açúcar cai em NY e Londres
O mercado futuro do açúcar encerrou a sessão desta quinta-feira (26) com perdas leves nas bolsas de Nova York e Londres. O dia foi marcado por pressão na commodity com movimento de realização de lucros, além de atenção para o financeiro.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve desvalorização de 0,25%, cotado a US$ 19,68 c/lb, com máxima de 19,87 c/lb e mínima de 19,49 c/lb. O tipo branco em Londres recuou 0,33%, negociado a US$ 477,20 a tonelada.
Depois de testar altas acima dos US$ 20 c/lb nos últimos dias, as cotações do açúcar caíram na sessão desta quinta acompanhando um movimento de realização de lucros esperado pelos investidores, além de queda com o petróleo.
As oscilações do óleo no cenário internacional impactam diretamente na decisão das usinas por açúcar ou pela produção do etanol.
"Por enquanto, os consumidores dos EUA parecem estar ignorando a propagação da variante Delta... No entanto, parece provável que estejamos perto do pico da demanda dos EUA, o que funcionará como uma tampa sobre os preços do petróleo", disse a Capital Economics em uma nota.
Além disso, para o analista da Safras & Mercado Maurício Muruci, também há alguma pressão no mercado futuro do adoçante alinhada com as expectativas para a safra 2022/23, que pode receber mais chuvas do que tem ocorrido nesta.
"Esse número de 530 milhões de t [de moagem] deve se recuperar para 570 milhões de t na safra que vem, caso as chuvas da entressafra venham regulares como os mapas estão indicando", disse ele ao Notícias Agrícolas.
Por outro lado, segue atenção para o avanço da produção quinzenal da safra 2021/22 do Centro-Sul do Brasil, impactada pelo clima e geadas.
Também houve pressão no mercado do adoçante com valorização do dólar sobre o real acompanhando ganhos da divisa norte-americana no exterior e à espera dos próximos passos de política monetária do Federal Reserve.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar no mercado físico brasileiro seguem em alta em meio oferta escassa. Como referência, na véspera, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve alta de 0,36%, a saca de 50 kg cotada a R$ 135,69.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, a R$ 133,80 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB cotado do tipo a US$ 19,93 c/lb e alta de 0,79%.
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