Açúcar vai acima de US$ 20 c/lb e mantém máximas de mais de 4 anos em NY
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira (16) em alta, estendendo o rally da semana passada e mantendo as máximas de mais de quatro anos, nas bolsas de Nova York e Londres. Os temores com a oferta seguem ditando.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York registrou valorização de 0,40%, cotado a US$ 20,03 c/lb, com máxima de 20,17 c/lb e mínima de 19,89 c/lb. O tipo branco em Londres saltou 1,06%, negociado a US$ 496,30 a tonelada.
"A alta nos preços segue uma recente geada que devastou a safra no Brasil, com as usinas de cana no país segurando seus estoques para cumprir seus contratos em vez de vendê-los. O frio restringiu os suprimentos e afetou o período de colheita", destacou a Bloomberg.
Ainda de acordo com a agência de notícias, o dia foi de ganhos mais expressivos para o tipo branco porque os prêmios do tipo atingiram níveis remuneradores, mas que ainda possuem um longo caminho de valorização a percorrer.
"[A compra dos investidores] aumentou durante a alta, mas isso é finito e provavelmente agora está perto do fim", disse Tobin Gorey, estrategista de commodities agrícolas do Commonwealth Bank of Australia.
As posições líquidas compradas (long) pelos grandes fundos e especuladores no açúcar na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), considerando futuros, subiram para 297.421 contratos até 10 de agosto, sobre 283.287 posições da semana anterior, segundo a Commodity Futures Trading Comission (CFTC).
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+ Fundos e especuladores elevam posições compradas no açúcar, segundo CFTC
+ Usinas indianas se preparam para produzir açúcar bruto para exportação com alta dos preços globais
Na última semana, a trading inglesa Czarnikow reduziu sua estimativa para a produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil para 32,5 milhões de toneladas, sobre levantamento anterior que apontava para 34,1 milhões de t do adoçante produzidas.
Em meio aos temores com a oferta do Brasil, segundo a Reuters, as usinas indianas já começam a planejar produção de uma maior quantidade de açúcar bruto no início da nova temporada de comercialização a partir de 1º de outubro.
O mercado internacional do açúcar também encontrou suporte na desvalorização do dólar sobre o real em parte do dia, o que tende a desencorajar as exportações. Por outro lado, o petróleo registrava queda nas bolsas internacionais.
Mercado interno
A última semana terminou com preços do açúcar valorizados a próximos da estabilidade. Como referência, na véspera, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, caiu 0,02%, com a saca de 50 kg cotado a R$ 125,52.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou alta de 0,31%, a R$ 128,95 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB cotado do tipo a US$ 20,16 c/lb com alta de 2,16%.
ETANOL
O Indicador do etanol hidratado CEPEA/ESALQ - São Paulo teve valorização de 3,51% na última semana, a R$ 3,1382 o litro, enquanto que o anidro avançou 3,11%, a R$ 3,5733 o litro.
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