Etanol é o caminho para mobilidade sustentável
Os CEOs da Volkswagen América Latina (Pablo Di Si), União da Indústria da Cana de Açúcar – UNICA (Evandro Gussi), Centro de Tecnologia Canavieira – CTC (Gustavo Leite) e o Presidente do Conselho de Administração da Copersucar, Alvean e do CTC (Luis Roberto Pogetti), se reuniram hoje, na sede do CTC, para promover o papel do etanol como um dos principais agentes de descarbonização do planeta e como solução efetiva, pronta, acessível e disponível para a mobilidade de baixo carbono.
Na ocasião, jornalistas convidados da Volkswagen vieram ao CTC dirigindo o novo SUV premuim da marca, o Taos, abastecido com etanol. Os veículos estavam equipados com a ferramenta Abasteça Consciente, presente no aplicativo Meu Volkswagen, uma calculadora que informa ao usuário suas emissões de CO2 e demonstra na prática a contribuição do etanol para o clima em substituição à gasolina. Os jornalistas puderam ainda conhecer as tecnologias disruptivas do CTC e entender como com ganhos de expressivos de produtividade, o setor de etanol está se tornando ainda mais competitivo dentro da nova economia de baixo carbono.
Em comunicado oficial, distribuído em 12 de julho, o Grupo VW informa que definiu a América Latina como Centro de P&D voltado para o estudo de soluções tecnológicas baseadas em etanol e outros biocombustíveis para mercados emergentes.
“Poder liderar, desenvolver e exportar soluções tecnológicas a partir do uso da energia limpa dos biocombustíveis se caracteriza como uma estratégia complementar às motorizações elétrica, híbrida e à combustão a mercados emergentes, e é um reconhecimento enorme para a operação na América Latina”, detalha Pablo Di Si, presidente e CEO da Volkswagen América Latina.
Para Evandro Gussi, CEO da UNICA, nenhum país tem uma mobilidade tão sustentável quanto o Brasil. “O etanol é um dos principais agentes de descarbonização e sustentabilidade no mundo. Hoje, o carro mais básico abastecido com etanol no Brasil é mais limpo do que qualquer carro elétrico europeu”, afirmou.
Segundo Gussi, a equação não é carro elétrico versus etanol, e sim carro elétrico mais etanol. “O processo de eletrificação traz algumas vantagens e ganhos de eficiência em relação ao motor à combustão, mas é preciso resolver o problema da geração de energia elétrica. Se a minha geração de energia elétrica não é limpa, com baixa emissão de carbono, eu não resolvi o problema. O problema é o aquecimento global, não local. Se eu tirar a emissão do carro e mantiver a emissão ou aumentá-la em uma termoelétrica, isso não resolveu o problema”, explicou.
Para Luis Roberto Pogetti, Presidente do Conselho de Administração da Copersucar, Alvean e do CTC, ter essa discussão sobre a sustentabilidade do etanol no CTC é bastante apropriada. Pogetti lembrou que o CTC tem um importante papel na criação de um círculo virtuoso para o setor, indo ao encontro na busca de tecnologias disruptivas para a cadeia sucroenergética e, consequentemente, para a mobilidade sustentável.
“O CTC é líder global em ciência de cana-de- açúcar, com uma contribuição histórica para o desenvolvimento da indústria de açúcar, do etanol e da bioenergia. Entre os muitos desafios do setor sucroenergético, assegurar a oferta limpa e renovável em volumes e condições competitivas só é possível com o avanço tecnológico. E é justamente nesse sentido que o CTC vem atuando ao longo dos seus mais de 50 anos dedicados à pesquisa”, ressaltou.
Indústria da sustentabilidade
“A cana-de-açúcar é a cultura comercial com a maior produção de biomassa e capacidade de captura de carbono global. Dessa forma, a sustentabilidade do etanol começa no campo. Desde o início de nossas atividades, proporcionamos importantes ganhos de produtividade e redução de custos. A contínua introdução de novas tecnologias à da cana-de-açúcar tem contribuído de sobremaneira para transformar as usinas em indústrias da sustentabilidade.”, afirmou Gustavo Leite, CEO do CTC.
Praticamente 100% da cana-de-açúcar é utilizada, da colheita à produção de açúcar, etanol e geração de energia, até o reaproveitamento de subprodutos, que são utilizados como fertilizante e componente de ração animal.
A cana cobre hoje quase de 10 milhões de hectares, o que representa cerca de 1% da área total plantada do Brasil. Vale ressaltar que os canaviais estão localizados em áreas a milhares de quilômetros da Floresta Amazônica.
O Brasil é o maior exportador mundial de açúcar e produz o etanol, biocombustível com a menor pegada de carbono do mundo, além de bioeletricidade, quarta fonte mais importante da matriz energética do país. A substituição da gasolina por etanol entre 2020-2035 representará a redução de 1 bilhão de toneladas de CO2, segundo cálculos da UNICA.
Essa indústria da sustentabilidade, de acordo com Gustavo Leite, está sendo construída com a eficiência das usinas e com o crescimento da produtividade da cana, gerado nos laboratórios e campos experimentais do CTC. “Com a introdução da biotecnologia, trazemos à cana os mesmos benefícios já usufruídos por outras culturas, aqui no Brasil e no resto do mundo. É uma revolução para a produtividade do setor. O CTC é a única empresa de biotecnologia voltada para soluções e aperfeiçoamento da cana-de-açúcar no mundo”, destacou.
A integração de diferentes plataformas tecnológicas do CTC nos canaviais terá forte impacto no setor com a introdução de variedades de alta produtividade protegidas contra insetos, mato e doenças e, no futuro, com a cana-de-açúcar sendo plantada com sementes sintéticas. As novas tecnologias desenvolvidas pela Companhia aumentarão a rendadas usinas nos próximos anos, com importantes ganhos ambientais.
“Ao longo das próximas décadas, a adoção de sucessivas ondas de novas tecnologias elevará significativamente a produtividade e a produção de cana no Brasil, sem a necessidade de expansão da área plantada. Com as variedades elite do CTC e com canas geneticamente modificadas, estimamos passar das atuais 12,5 toneladas de açúcar por hectare para 18 a 20 toneladas de açúcar por hectare até 2035. Além disso, plantar cana com sementes sintéticas, onde nossas pesquisas também estão avançando bem, revolucionarão todo o setor e reduzirão drasticamente os custos operacionais e complexidade operacional do plantio”, completou Gustavo Leite.
As novas gerações de variedades CTC, obtidas por meio do melhoramento genético e da biotecnologia, estão elevando ano a ano a produtividade da cana e sustentabilidade do setor. As variedades geneticamente modificadas desenvolvidas pelo CTC protegem os canaviais da broca, uma das principais pragas do setor, que acarreta prejuízos anuais de aproximadamente cinco bilhões de reais, entre perdas de produtividade e o custo de defensivos e outros insumos para controlar o inseto. Desde 2017, o CTC obteve aprovação para comercializar seis variedades Bt, adaptadas às condições de clima e solo das várias regiões canavieiras.
Os contínuos ganhos de produtividade e eficiência no campo estão transformando o desenvolvimento sustentável de toda a indústria da cana. O CTC estima que para o período 2020-2035, suas plataformas tecnológicas propiciarão ganhos de produtividade, evitarão o plantio cumulativo de 30 milhões de hectares, com impacto altamente positivo para o meio ambiente, como a economia de 2,8 bilhões de litros de diesel nas operações agrícolas, redução de 80 mil toneladas de agroquímicos e a economia de cerca de 345 bilhões de litros de água.
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