Açúcar: Temores com geadas e financeiro dão suporte para altas em NY nesta 4ª
Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (28) com alta expressiva na Bolsa de Nova York e moderada em Londres. As incertezas com a intensidade das geadas no Brasil e o financeiro deram suporte ao mercado externo.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York registrou valorização de 1,42%, cotado a US$ 18,61 c/lb, com máxima de 18,69 c/lb e mínima de 18,10 c/lb. O tipo branco em Londres teve valorização de 0,84%, a US$ 458,50 a tonelada.
Depois de oscilar entre altas e baixas durante o dia, o mercado do açúcar voltou a subir no final da sessão desta quarta-feira, se aproximando das máximas de 2017, com foco no financeiro e, principalmente, com as incertezas com o frio no Brasil.
"O mercado continua focado no frio e nas geadas no final desta semana no Brasil", disse Tobin Gorey, analista do Commonwealth Bank of Australia, em nota, acrescentando que produtores e traders têm bons motivos para ter cautela quanto à venda.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), inclusive, destacou nesta quarta que o frio recente impactou plantas de cana-de-açúcar em partes da região Centro-Sul,
"Essa massa ela avança muito rápido pelo país e a partir de amanhã, quinta-feira (29), o frio ganha força e toma conta no Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais", disse ao Notícias Agrícolas a meteorologista Naiane Araújo.
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Além de atenção para as geadas, o suporte ao mercado do açúcar em parte do dia acompanhou a recente divulgação da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) com queda na produção de açúcar do Centro-Sul na primeira metade de julho.
A produção do adoçante caiu 2,84% ante igual período do ano anterior, para 2,94 milhões de toneladas fabricadas.
No financeiro, o dia foi marcado por suporte do petróleo ao açúcar nos terminais externos. Além disso, o dólar recuava ante o real, o que tende a desencorajar as exportações, mas dá suporte aos preços externos das commodities agrícolas.
Mercado interno
O mercado brasileiro de açúcar segue oscilando com foco na oferta disponível. Como referência, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve desvalorização de 0,43%, com a saca de 50 kg cotado a R$ 117,10.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, a R$ 133,74 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB cotado do tipo a US$ 18,49 c/lb com queda de 0,39%.
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