Em realização de lucros e com pressão do câmbio, açúcar recua nesta 5ª em NY e Londres
O mercado futuro do açúcar recuou nas bolsas de Nova York e Londres nesta sessão de quinta-feira (22). O dia foi marcado por movimento de realização de lucros depois de alta expressiva na sessão anterior, além de atenção ao câmbio.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York registrou desvalorização de 0,28%, cotado a US$ 17,62 c/lb, com máxima de 17,74 c/lb e mínima de 17,47 c/lb. O tipo branco em Londres teve desvalorização de 0,75%, a US$ 447,00 a tonelada.
Na véspera, as cotações do açúcar avançaram com força nas bolsas externas ainda acompanhando alguma atenção ao cenário de frio nas áreas produtoras do Brasil, já que os impactos das geadas sobre a cana podem aparecer nos próximos dias.
"Relatos de cana danificada no Brasil pela recente onda de frio foram ouvidos e fotos dos danos foram tuitadas. As temperaturas agora estão sendo moderadas, mas o estrago já foi feito", disse o analista da Price Futures Group, Jack Scoville.
Leia mais:
+ Line-up de açúcar do Brasil salta para 1,67 mi de t em 46 navios até dia 21 de julho
+ Climatempo confirma mais dias de inverno rigoroso no Centro-Sul do Brasil
Apesar disso, segundo informações da agência de notícias Reuters, embora as geadas tenham atingido áreas de cana no Brasil, os operadores acreditam que elas tenham causado impacto mínimo, pois algumas lavouras já tinham sido colhidas.
Como fator de alta, o mercado já monitora a possibilidade de novas ondas de frio nos próximos dias.
Apesar de queda no mercado, as expectativas para a primeira quinzena de julho são de queda de 2,6% no comparativo anual na produção de açúcar, 2,951 milhões de toneladas, segundo levantamento da S&P Global Platts com 10 analistas.
A produção total de etanol deve ser de 2,10 bilhões de litros, com alta de 3,0% em relação ao ano anterior. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) deve reportar os dados oficiais nos próximos dias.
No financeiro, esta quinta-feira também foi marcada por leve valorização do dólar sobre o real brasileiro, o que tende a encorajar as exportações, mas pesa sobre os preços externos. Positivamente, há o petróleo como suporte para as cotações do açúcar.
Mercado interno
O índice de referência do mercado físico do açúcar voltou a subir na véspera. O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve valorização de 0,21%, com a saca de 50 kg cotado a R$ 116,79.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, a R$ 133,74 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB cotado do tipo a US$ 17,80%.
0 comentário
Futuros do açúcar têm leve recuperação em NY, mas seguem pressionados pela produção brasileira
Média diária de exportação de açúcar até a 3ª semana de dezembro é 42% inferior à de 2023
Problemas climáticos afetam produção de açúcar da Índia e expectativas de exportação
Alta do açúcar nesta 2ª feira (23) perde força e cotações ficam praticamente estáveis em NY
Açúcar abre em alta nesta 2ª feira e recupera parte das perdas registradas na última semana
Estável nesta 6ª feira (20), açúcar encerra semana com baixas acumuladas de mais de 5% em NY