Balança Comercial do Agronegócio: vendas do Complexo Sucroalcooleiro mantêm trajetória de alta
De janeiro a maio de 2021, as exportações do Estado de São Paulo somaram US$ 20,17 bilhões e as importações, US$ 26,73 bilhões, registrando um déficit comercial de US$ 6,56 bilhões, informa a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta).
Na análise setorial, o agronegócio paulista apresentou aumento nas exportações (+9,4%), alcançando US$ 7,42 bilhões, e queda nas importações (-0,5%), totalizando US$ 1,89 bilhão; com esses resultados, obteve-se um superávit de US$ 5,53 bilhões, montante 13,3% superior ao mesmo período de 2020, destacam Marli Dias Mascarenhas Oliveira, José Alberto Angelo e Carlos Nabil Ghobril, pesquisadores do IEA.
Os principais grupos nas exportações do agronegócio paulista foram: Complexo Sucroalcooleiro (US$ 2,31 bilhões, sendo que, desse total, o açúcar representou 87,9% e o álcool, 12,1%), Complexo Soja (US$ 1,35 bilhão), Carnes (US$ 917,38 milhões, dos quais a carne bovina respondeu por 86,7%), Produtos Florestais (US$ 628,86 milhões, com participações de 48,6% de papel e 36,5% de celulose) e Sucos (US$ 622,41 milhões, dos quais 96,9% referentes a sucos de laranja). O agregado destes cinco grupos representou 78,7% das vendas externas setoriais paulistas. O Café - produto tradicional nas exportações paulistas -, aparece na sexta colocação (US$ 305,14 milhões, dos quais 75,9% referentes ao café verde).
Desses grupos, o Sucroalcooleiro é o que apresenta a maior participação (31,6%) nas exportações paulistas. No total, o grupo cresceu 29,3% em valores e 17,3% em volumes exportados, devido ao desempenho das vendas externas do açúcar (31,6% em valores e 16,7% em volume). Para o álcool, os embarques apresentaram aumentos de 24,6% em volume e de 14,6% em valores, quando comparados com o mesmo período de 2020. Os destinos das exportações desse grupo são bem diversificados em termos de participação dos países, e os resultados apontam como os principais compradores: China (10,2%), Argélia (8%), Indonésia (7,6%), Arábia Saudita e Bangladesh (ambos com 7,3%), Nigéria (6,8%) e Malásia (5%), explicam os pesquisadores.
No período analisado, os principais produtos da pauta de importação do agronegócio paulista foram: papel (US$ 144,9 milhões), trigo (US$ 125,9 milhões) e salmões (US$ 109,8 milhões).
Balança Comercial do Brasil
A balança comercial brasileira registrou saldo positivo US$ 27,13 bilhões no acumulado de janeiro a maio de 2021, com exportações de US$ 108,64 bilhões e importações de US$ 81,51 bilhões.
As exportações do agronegócio brasileiro apresentaram aumento (+21,9%) alcançando US$ 50,24 bilhões. Já as importações somaram US$ 6,23bilhões, registrando um superávit de US$ 44,01 bilhões.
Os principais grupos nas exportações do agronegócio brasileiro foram: Complexo Soja (US$ 23,81 bilhões, sendo 85,3% de participação da soja em grãos), Carnes (US$ 7,26 bilhões, com as carnes bovina, de frango e suína representando, respectivamente, 44,6%, 38,1% e 14,7% desse total), Produtos Florestais (US$5,21 bilhões, com participações de 49,6% de celulose e 37,6% de madeira), Complexo Sucroalcooleiro (US$3,62 bilhões, dos quais 90,6% são de açúcar) e grupo de Café (US$2,53 bilhões, tendo o café verde participação de 91,5%). Esses cinco agregados representaram 84,5% das vendas externas setoriais brasileiras.
Os principais produtos da pauta de importação do agronegócio brasileiro de janeiro a maio de 2021 foram: trigo (US$ 710,90 milhões), papel (US$ 359,96 milhões) e malte (US$ 288,81 milhões).
0 comentário
Estável nesta 6ª feira (20), açúcar encerra semana com baixas acumuladas de mais de 5% em NY
Preços do açúcar seguem com nova redução nas bolsas de NY e Londres nesta 6ª feira
Presidente da Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar da CNA participa de encontro em João Pessoa
Açúcar abre próximo da estabilidade e caminha para perda semanal acima de 6% em NY
Câmara aprova programa de incentivo a fontes renováveis e inclui produtores de cana
Açúcar: Possibilidade da Índia exportar pressiona cotações e NY tem nova baixa acima de 1%